A PROMISCUIDADE TEM NOME:
CHAMA-SE BRASIL






Sei que este não é um tema que gostaríamos de tomar contato principalmente quando estamos vivendo momentos de “festas”, mas, estes momentos passarão rapidamente e a vida caminha dia a dia.

Somos neste momento tomados pelas atmosfera natalina e da chegada de um novo ano, e isto torna-nos menos receptivos a pensar em deixar os problemas para depois (como se isto fosse novidade), mas francamente, por mais que necessitemos de um “oasis” em meio as turbulências do cotidiano, os dias avançam em direção aos eventos naturais e as novas circunstâncias da vida.

Talvez fosse conveniente manter nossa vida sob o domínio do tal “oasis”, seria mais fácil digerirmos os eventos pessoais e sociais.

Entretanto, quero lembrar a todos que a vida real é bem distinta daquela que a sociedade a percebe. Criamos um vinculo muito forte com as ideias formuladas por esta sociedade e nos deixamos seduzir. E se me permitem, também nos violentamos por estas ideias que nos informam de maneira envolvente que a vida é apenas, nascer, desenvolver-se, procriar, adquirir posses, conquistar degraus na escala social, envelhecer e finalmente morrer. Para alguns a vida acaba ao morrer, para outros admitem que podem voltar e viver tudo isto novamente, repetindo ações e consequências similares as desenvolvidas nas vidas anteriores.

Isto leva o individuo a manifestar no seu agora, opções de vida que sejam as mais prazerosas possíveis, na medida em que este se mantenha associado a consciência de massa que lhe diz viva a vida e a aproveite da melhor maneira que lhe for possível. Desta forma, ele se mantém dentro de um circulo vicioso do qual tem imensa dificuldade em evadir-se e finalmente libertar-se.

A ignorância é uma das maiores causas da manutenção destes padrões, somos muito mal educados no que se refere a vida como uma oportunidade de crescimento como alma. Pelo contrário, somos na realidade, incentivados a manter estreito e dependente contato com a vida material, e por esta razão, somos seres alienados conscencialmente da verdadeira razão de estarmos aqui na terra.

Com este comportamento, e em posse dos conceitos que os sustentam, nos movemos vida após vida reféns de nós mesmos, dando voltas em círculos viciados e atrasando nosso caminho de volta a FONTE que tudo É.

Referindo-me a nossa sociedade, a Brasileira, e ao nosso povo com suas organizações publicas e privadas, confesso minha ignorância, em dispor de palavras que melhor possam conceituar fielmente o que assistimos em nossas vida privada e social, mas, assim mesmo tentarei expor minhas observações.

O Brasil é um país com um elevadíssimo grau de promiscuidade moral e ética, em todos os setores de sua organização social.

Talvez esta minha ultime frase possa ofender aos olhos dos leitores, por estes se sentirem de alguma maneira agredidos pela afirmação que gerei em decorrência de minhas percepções extraídas da história passada e da realidade atual de nosso país. Mas, apelo a estes que se sentiram ofendidos para que não tomem para si a frase acima, quando se sentirem alheios a esta realidade por mim identificada.

No entanto, negar tal afirmação como observação geral pertinente a nossa sociedade é “tapar o sol com a peneira” como diz um ditado popular.

Nossa sociedade é pródiga em gerar indivíduos moralmente comprometidos com conceitos desabonadores da conduta humana.

O Brasil é um país voluntarioso em criar leis, normas e códigos que não são cumpridos inclusive por aqueles que os geraram. Igualmente estas mesmas leis, normas e códigos não são aplicados de maneira igual a todo o cidadão, pois, as classes mais desfavorecidas são sempre desprivilegiadas da benesse que teriam direito.

Vemos bilhões de reais serem roubados, desviados e atenderem a interesses alheios ao bem social, e isto é uma prática comum no histórico de nosso país.

A poucos meses tivemos o povo nas ruas reivindicando mudanças sociais, mas, pergunto, o que de concreto e prático foi feito desde então, se não ações paliativas e oportunistas?

Nossa classe política é de natureza corrupta, alguns poucos políticos conseguem manter a sua independência moral e ética ante a “máquina política” corrupta que esta instalada em nossos três níveis de governo público.

Mas, não podemos esquecer que todo e qualquer político que ocupe um cargo público nos três níveis de governo, somente esta lá porque nós os elegemos.

E mais, mesmo eles estando no exercício de cargos públicos, eles saíram do meio do povo, logo, conclui-se que, se eles saíram do meio do povo e foram eleitos pelo povo que se identificou com eles, há em nosso povo raízes profundas ligadas a comportamentos corruptos.
Ainda mais podemos dizer sobre este fato, somos tão imorais em nossas escolhas e comprometimento, que diante da comprovação material de que um determinado político foi identificado como corrupto por suas ações de posse do bem público, mesmo diante desta constatação, o vemos novamente eleito pelo “povo” para um novo mandato, ou estou dizendo alguma inverdade?

Valho-me dos exemplos de Fernando Collor de Mello, de José Sarney e de Paulo Maluf, mas outros nomes devem estar na memória de cada um que toma contato com este texto.

O ano que vem será um ano muito perigoso para a nossa sociedade, diria até, perigosíssimo. Começamos o ano com o Carnaval, depois vem a Copa do Mundo e por fim as Eleições. Sem dúvida, acredito que haverá pouco picadeiro para tantos palhaços e suas mascaras, mas certamente não faltará plateia, nunca faltou.

Lamentavelmente uma plateia adormecida e facilmente manipulada por indivíduos que estão declaradamente descomprometidos com o bem coletivo de nossa sociedade.

Precisamos urgentemente modificar o status quo vigente em nosso país.

A criminalidade em sua diversidade de manifestação levou a sociedade a sentir-se acuada, com medo, pois percebe que os órgãos públicos responsáveis pela segurança do cidadão não conseguem ou não querem fazer frente a esta demanda social.

A educação é uma vergonha, um absurdo, ela esta direcionada a formar mentes facilmente manipuladas, não se ocupa de formar pensadores, mentes que exercitem o pensar, não há interesse neste propósito e as razões são obvias, pois, quanto mais ignorante e idiota um individuo, mais facilmente ele é manipulado.

A saúde pública é um descalabro, um caos, pessoas se amontoam nos corredores de hospitais na espera por atendimento, poucos recursos são dirigidos a saúde publica no Brasil. Estou me referindo a necessidade de ações concretas e eficazes.

Recentemente o Governo Federal diante das manifestações populares resolveu importar médicos, mas esquece-se que esta medida paliativa e para enganar a bobos, é estrondosamente insuficiente para resolver a demanda da saúde pública.

Necessitamos de mais hospitais, de aparelhos e recursos que possam dar qualidade de vida ao atendimento daqueles que se servem da saúde publica. Sim, falo da saúde pública porque a privada, é um assalto a mão armada para uma família poder ter o direito de usufruir desta opção de atendimento.

A saúde é um grande negócio, extremamente lucrativo, a laboratórios, indústrias e organizações que se ocupam da mesma, então: porque deveria haver solução se ela é lucrativa?

Claro que não há intenções em resolver este problema.

Ative-me a apenas quatro áreas da vida social Brasileira, a saber, Classe Política, Criminalidade, Educação e Saúde, mas, existem outras demandas que devem ser abordadas e exigidas soluções o mais breve possível, pois, estamos em qualquer uma destas áreas falando de vidas que se perdem pelo descaso e irresponsabilidade daqueles que deveriam ocupar-se em produzir o bem a sociedade.

Retorno neste momento a repetir o que acima já mencionei, e afirmo que infelizmente as pessoas percebem a vida como um simples, nascer, desenvolver-se, procriar, adquirir posses, conquistar degraus na escala social, envelhecer e finalmente morrer.

Com esta visão limitada, as massas sociais fragilizam-se e abrem espaço para condutas promiscuas.

E sou forçado a admitir que nosso país, nossa sociedade e nosso povo do qual faço parte, possui tendências e comportamentos desabonadores e filiados a manifestações imorais e irresponsáveis, para consigo e para com o seu semelhante.

Por Roberto Velasco  -  https://www.facebook.com/roberto.velasco.33



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