A FORMAÇÃO DE CURADORES
 




José TRIGUEIRINHO NETTO

A cura é expressão da vida pulsante que cria e anima todo o cosmo. Manifesta-se como ciência, arte, filosofia e religiosidade.

Nasce do silêncio e da entrega, do esvaziamento do ser que se volta ao Mais Alto, tornando-se preenchido pela verdadeira existência.


O curador pode atuar a distancia.

As chaves para a cura decorrem da unificação do ser.

As técnicas a serem nela empregadas advêm da sintonização com leis superiores do cosmos e da dissolução da vontade própria, convocando a vontade suprema.


Para que um curador possa atuar convenientemente no mundo das formas, ele precisa estar desidentificado desse mundo e dos seus movimentos.


O curador reconhece o valor atrativo do pensamento e com ele plasma o receptáculo para o fluido elétrico.

O curador atua como um ímã, atraindo correntes celestiais. A consciência do curador é como um espelho.


Seu coração transmite para as mãos a pulsação do fluido elétrico. A perfeita integração das esferas é uma das tarefas do curador.


Respondendo aos movimentos das esferas superiores, ele imprime nas inferiores a pulsação indicada para a liberação.


A liberação é hoje a chave-mestra para a cura.


A complexidade de um processo Cármico é sobreposta pela entrega.


O curador deve ter claro que tudo o que ele necessitar lhe chegará, e nunca deve deixar-se tomar pelos ardis da dúvida.


A fé há de ser seu escudo.

Não bastam boas intenções, é preciso rendição.
Não basta ação, é preciso correta sintonia.

Muitos pensam saber o que melhor lhes convém, mas o curador aprendeu que a entrega é o único caminho seguro em direção à Fonte.


O curador não se preocupa com o reconhecimento do mundo. Sua atenção está voltada para as esferas distantes, e sabe que a única aprovação autêntica provém do Instrutor.


A vertente monádica é enriquecida pela radiância do curador. Do mesmo modo, o seu labor é fortalecido pela corrente da Hierarquia.


Os elementos do reino mineral encontram-se, transmutados, no interior dos vegetais.


Assim, o curador não utiliza diretamente os metais, mas trabalha com eles indiretamente. Os vegetais são importantes no processo de cura, não apenas por fornecerem a base adequada para certos medicamentos, mas também por sua presença viva, alimentando com harmonia a aura ambiental.


Os devas e os elementais respondem ao ritmo e ao som. Por isso, os mantras são utilizados em tarefas especiais, ou mesmo para contato com os regentes dos reinos irmãos.


Muitos ficam esperando estar preparados para poder servir, e não percebem que seria exatamente o serviço que os prepararia para novos passos.


Assim como um arqueiro lança a distancia sua flecha, na tensão flamejante, o servidor lança-se ao Infinito.


Não há limites para aquele que, decididamente, abraçou o Chamado.


A similitude vibratória é a chave para a superação dos obstáculos, para a dinamização do Bem, para o rompimento do véu, para o cumprimento da tarefa, para a conquista alada e para a aproximação dos afins.

Fonte: TRIGUEIRINHO NETTO, José.


A formação de curadores. São Paulo:

Ed. Pensamento, 1993.

Postado por Solange Christtine Ventura
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