Desenvolvido por Ricardo Ventura
ricardo.ventura777@hotmail.com
PLANETA GIGANTE E INVISÍVEL, COMPANHEIRO DE NOSSO SOL PODE EXPLICAR OS COMETAS ORIUNDOS DOS LIMITES DO SISTEMA SOLAR
Nosso sol pode ter um companheiro que perturba os cometas a partir da borda limítrofe do nosso sistema solar? Um planeta gigante com até quatro vezes a massa de Júpiter, os investigadores sugerem. Um telescópio espacial que a Nasa lançou no ano passado, em breve poderá detectar esse companheiro invisível do nosso Sol, se ele realmente existir, no distante reino de gelo da nuvem de Oort, o berçário e sala de parto de todos os cometas que penetram o nosso sistema estelar local e que circunda e envelopa o nosso sistema solar, com bilhões de objetos gelados dos mais variados tamanhos.

O potencial gigantesco Júpiter provavelmente seria um mundo tão frio e difícil de identificar, disseram os pesquisadores. Ele pode ser encontrado até 30.000 unidades astronômicas do sol. Uma UA é a distância média entre a Terra e o Sol, cerca de 93.000 mil milhas (150 milhões de km).
A maioria dos sistemas solares com estrelas como o nosso Sol chamado de estrelas classe G possuem companheiros, são binários. Apenas um terço são sistemas solares de estrela única, sistemas como o nosso sistema solar, caso o nosso sol não possua um companheiro.


Diagrama mostrando a posição da Nuvem de Oort que circunda e envelopa o nosso sistema solar onde ficam os detritos e resíduos da formação do sol e de todos os planetas.
Southwest Research Institute


Não é um inimigo

Os cientistas também já propuseram que uma estrela escondida, que eles chamam de "Nemesis", <http://www.space.com/8028-sun-nemesis-pelted-earth-comets-study-suggests.html> poderia esconder-se a um ano-luz, ou mais, de distância de nosso sol. Eles sugerem que durante a sua órbita, esta estrela anã marrom (Brown Dwarf), regularmente, entraria na nuvem de Oort, empurrando as órbitas de muitos cometas e levando alguns a cair em direção ao centro do sistema solar, sendo que algum poderia se chocar com a Terra. Isso seria dar uma explicação bem plausível cientificamente para o que parece ser um ciclo de extinções em massa aqui no nosso planeta.
Ainda assim, outros astrônomos descobriram recentemente que se Nemesis existir, a sua órbita poderia não ser tão estável como é alegado. Agora os investigadores apontam evidências de que o nosso sol pode ter um tipo diferente de companhia.

Para evitar confusão com o modelo de Nêmesis, os astrofísicos John Matese e Daniel Whitmire da Universidade da Louisiana em Lafayette criaram uma conjectura nova com o nome do objeto "Tyche". A boa irmã da deusa Nêmesis na mitologia grega, é um nome proposto por cientistas que trabalham no telescópio espacial em infravermelho da NASA- Wide Field Infrared Survey Explorer (WISE).
É sabido que o observatório, usando seu olho infravermelho que tudo vê, tem mais chances de encontrar Tyche, se esse companheiro para o nosso sol existir, disseram os pesquisadores. [ O telescópio WISE fez imagens incríveis ] Matese e Whitmire detalharam sua pesquisa dia 17 de novembro, na edição online da revista Icarus.


O Telescópio da NASA, WISE

Cometas arremessados pelo companheiro do nosso Sol

Os pesquisadores notaram que a maioria dos cometas que voam para o interior do sistema solar parecem vir da região externa da nuvem de Oort. Seus cálculos sugerem que a influência gravitacional de um planeta (ou uma Estrela Anã Marrom) de 1-4 vezes a massa de Júpiter nesta área podem ser responsáveis por tal fato.
Dois séculos de observações indicaram uma anomalia que sugere a existência de Tyche, Matese disse. "A probabilidade de que poderia ser causado por um acaso estatístico ficou muito pequena", acrescentou. O puxão de Tyche poderia também explicar por que o planeta anão Sedna   <http://www.space.com/544-solar-system-surprise-view.html>tem sua incomum órbita alongada, acrescentaram os pesquisadores.

Se Tyche existisse, provavelmente seria muito frio, cerca de menos 100 graus Fahrenheit (-73 graus C), eles disseram, o que poderia explicar por que tem escapado à detecção dos telescópios por tanto tempo? A sua frieza significa que ele não iria irradiar qualquer calor que os cientistas e seus telescópios pudessem facilmente perceber, e sua distância a partir de qualquer estrela significa também que ele não iria refletir muita luz.
"A maioria dos cientistas planetários não ficaria surpreso se o companheiro de nosso sol fosse do porte ou menor do que Netuno, mas um objeto do tamanho de 1 a 4 vezes a massa de Júpiter seria uma surpresa", disse Matese à SPACE.com. "Se a conjectura for verdade, as implicações importantes serão às que dizem respeito à forma como ele chegou lá. Tocando e penetrando no ambiente interno do nosso sistema solar? E como isso pode ter afetado as distribuições a posteriores dos cometas e, em menor escala, dos planetas conhecidos."

Tyche realmente existe?

O fato da existência de Tyche ser provável é questionável, uma vez que o padrão observado no exterior da Nuvem de Oort não é visto no seu interior. "A sabedoria convencional diz que os padrões devem tender a se correlacionar, e eles não estão se correlacionando", disse Matese.

Se a equipe do Telescópio WISE tiver sorte, obterá provas para a existência do companheiro solar Tyche duas vezes antes  da missão do observatório espacial <http://www.space.com/9259-nasa-sky-mapping-telescope-starts-mission-coolant.html> terminar em outubro. Isso poderia ser suficiente para corroborar a existência do objeto dentro de alguns meses assim que pesquisadores finalizem analise dos dados do WISE.
Mas se o WISE detectou sinais de Tyche apenas uma vez (ou nenhuma), os pesquisadores teriam que esperar anos por outros telescópios para confirmar ou negar a existência do companheiro potencial do nosso sol, disse Matese.

FONTE: http://www.space.com/

by Charles Q. Choi http://www.sciwriter.us/, SPACE.com Contributor 
Date: 01 December 2010 Time: 06:56 AM ET

Solange Christtine Ventura
www.curaeascensao.com.br