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FÍSICA QUÂNTICA X ESPIRITUALISMO
21.1.1 - CONVIVÊNCIA:

"A Física Quântica está colocada neste site de espiritualismo, porque encontramos diversos autores, que defendem teses de que a TEORIA QUÂNTICA pode ser unida ao espiritualismo e juntos fazerem uma parceria. Não sei se isso será possível no futuro, mas no presente, não existe este aval do mundo cientifico. Isoladamente algumas vozes cientificas, defendem teses e possibilidades, mas sem fundamentação prática, porque nas ciências exatas, que prova suas teses, tudo tem que ser pesado e medido, com regras pré-estabelecidas (positivismo lógico).
O espiritismo de Allan Kardec, alega que por meio do empirismo, da epistemologia, pode provar a existência do espírito, porém os meios usados não podem ser definitivamente um instrumento confiável (cérebro humano), pois o instrumento usado é o médium, que entra num processo de transe.

Como confiar se o próprio espiritismo aponta uma segunda hipótese numa experiência mediúnica que é o animismo, ou seja a comunicação do médium com seu inconsciente? " (Beraldo Figueiredo)

"É bom frisar e deixar claro que a FÍSICA QUÂNTICA:

· Não explica VIDA DEPOIS DA MORTE FÍSICA;
· FÍSICA QUÂNTICA NÃO explica o Espiritismo;
· FÍSICA QUÂNTICA NÃO explica a Reencarnação;
· FÍSICA QUÂNTICA NÃO explica a Viagem Astral;
· FÍSICA QUÂNTICA NÃO explica a Mediunidade;
· Não prova nem explica fenômenos paranormais.

21.1.2 - PROBABILISMO X DETERMINISMO

A Física Quântica é uma Teoria Científica determinística, muito bem fundamentada e que produz previsões experimentais de excelente precisão. Como qualquer teoria científica, possui um campo de aplicação e uma precisão de suas previsões limitada, campo e precisão esses que não incluem nenhum dos itens acima" (por Roberto Parra, Orkut).

"Não existe física probabilística, probabilidade é uma medida estatística. Física estatística é determinística. Tanto na Física Newtoniana quanto na Quântica, pode-se estabelecer matematicamente a evolução temporal das características que determinam um ponto material dentro dos limites das próprias teorias. A diferença é que enquanto na teoria Newtoniana, por exemplo, o que se determina é diretamente o conjunto de características do ponto material (posição por exemplo), na quântica o que se determina é a probabilidade de um conjunto de características ser encontrado quando medido.

A probabilidade, por sua vez, vem do fato de se tratar de sistemas estatísticos, e não únicos. Como citado a acima e repito aqui outra vez: a função auxiliar psi é probabilística por que se refere a um ensamble de partículas e não apenas um único sistema. Isto significa que determinar a posição e o momentum de um único elétron com precisão arbitrária simultaneamente é impossível." (por Roberto Parra, Orkut).

21.1.3 - Mensagem aos Espiritualistas:

Os cientistas, que são seres que possuem a razão como bússola e isso tem que ser respeitado e entendido, pelos que usam o coração. Devem entender que OS FÍSICOS e céticos NÃO se empenham em estudar aquilo que não acreditam, porque não procuram, nem buscam, o que para eles hipoteticamente não existe. Até porque eles não tem por onde começar. Já que lidam apenas com manifestações do plano físico, que é o único campo que podem medir e registrar os fenômenos.

Os espiritualistas, não precisam da ciência, nem a ciência dos espiritualistas, porque cada um ao seu modo sente o mundo de maneira diferente. Portanto cada um que VIVA ESSA EXPERIÊNCIA terrena que é a VIDA. Um crendo que a vida continuará depois da morte, outro crendo que dormirá para sempre num mundo sem sonhos. Na verdade a vida precisa destes dois tipos, porque são asas de um mesmo pássaro, se tirarmos uma o pássaro não voará, e o pássaro é a consciência humana.

Razão e coração, ciência e fé, sempre estarão separadas, porém sempre caminharão lado a lado. Não tentem uni-las, pois se isso acontecer uma delas padecerá.
Opinião de Beraldo Lopes Figueiredo.

21.2 - FÍSICA QUÂNTICA E A CONSCIÊNCIA:

Segundo Osvaldo Pessoa JrNão existe evidência concreta, ainda, de que a física quântica seja necessária para explicar a consciência. O modelo de Fröhlich e a hipótese de que os microtúbulos tenham uma função cognitiva são bastante interessantes, e merecem ser investigados mais a fundo. Mas quanto às declarações de que tais hipóteses foram confirmadas, conhecemos bem a dinâmica da ciência para não nos deixarmos levar facilmente por tais promessas. Este é um campo em que os pré-julgamentos filosóficos possuem bastante peso.E mesmo que tais hipóteses se confirmem, permaneceria a questão de se a consciência, a ser caracterizada de maneira precisa, faria uso de maneira essencial das características quânticas dos processos cerebrais. Como saldo positivo, espero ter definido de maneira adequada um critério para caracterizar um fenômeno quântico, que preciso ainda estender de maneira precisa para a condensação de Bose.

21.2.1 - A Física Quântica: o que é, e para que serve
Por Almir Caldeira

Já faz cem anos que Planck teve de lançar mão de uma expressão inusitada para explicar os seus resultados da medida da intensidade da radiação emitida por um radiador ideal - o corpo negro - levando-o assim a estabelecer o valor de uma nova constante universal que ficou conhecida como a constante de Planck. A partir daí, e também em função de outras experiências que apresentavam resultados igualmente surpreendentes no contexto da mecânica de Newton e do eletromagnetismo de Maxwell, os pesquisadores do começo do século passado se viram obrigados a formular hipóteses revolucionárias que culminaram com a elaboração de uma nova física capaz de descrever os estranhos fenômenos que ocorriam na escala atômica; a mecânica quântica.

Um sistema quântico, ao contrário do clássico, só pode ser descrito através das possíveis alternativas (não necessariamente apenas duas) que a nossa montagem apresente para ele. A onda associada ao sistema carrega a possibilidade de interferência entre as diferentes alternativas e é a informação máxima que podemos ter sobre o sistema em questão.

A aplicação desta teoria a problemas nas escalas atômicas e sub-atômicas apresenta resultados como a quantização da energia ou o tunelamento quântico que, por si só, já mereceriam a elaboração de um outro artigo para que o leitor pudesse apreciá-los.

O mais interessante é que a mecânica quântica descreve, com sucesso, o comportamento da matéria desde altíssimas energias (física das partículas elementares) até a escala de energia das reações químicas ou, ainda de sistemas biológicos. O comportamento termodinâmico dos corpos macroscópicos, em determinadas condições, requer também o uso da mecânica quântica.

A questão que nos resta é então; por quê não observamos estes fenômenos no nosso cotidiano, ou seja, com objetos macroscópicos? Bem, há duas razões para isso. A primeira é que a constante de Planck é extremamente pequena comparada com as grandezas macroscópicas que têm a sua mesma dimensão.

Baseados neste fato, podemos inferir que os efeitos devidos ao seu valor não nulo, ficarão cada vez mais imperceptíveis à medida que aumentamos o tamanho dos sistemas. Em segundo lugar, há o chamado efeito de descoerência. Este efeito só recentemente começou a ser estudado e trata do fato de não podermos separar um corpo macroscópico do meio onde ele se encontra. Assim, o meio terá uma influência decisiva na dinâmica do sistema fazendo com que as condições necessárias para a manutenção dos efeitos quânticos desapareçam em uma escala de tempo extremamente curta.
Entretanto, as novas tecnologias de manipulação dos sistemas físicos nas escalas micro ou até mesmo nanoscópicas nos permitem fabricar dispositivos que apresentam efeitos quânticos envolvendo, coletivamente, um enorme número de partículas. Nestes sistemas a descoerência, apesar de ainda existir, tem a sua influência um pouco reduzida, o que nos permite observar os efeitos quânticos durante algum tempo.

Uma aplicação importante para alguns destes dispositivos seria a construção de processadores quânticos, o que tornaria os nossos computadores ainda mais rápidos. Nesta situação a minimização
dos efeitos da descoerência é altamente desejável pois, em caso contrário, estes processadores de nada iriam diferir dos processadores clássicos.

Como podemos ver, tudo indica que a mecânica quântica seja a teoria correta para descrever os fenômenos físicos em qualquer escala de energia. O universo macroscópico só seria um caso particular para o qual há uma forma mais eficiente de descrição; a mecânica newtoniana. Esta pode ser obtida como um caso particular da mecânica quântica mas a recíproca não é verdadeira.

Muitos autores, por não se sentirem confortáveis com a chamada interpretação ortodoxa ou de Copenhagen da mecânica quântica, tentam criar teorias alternativas para substituí-la. Entretanto, cabe notar que, apesar da sua estranheza, a mecânica quântica não apresentou qualquer falha desde que foi elaborada na década de 20, o que não nos proporciona evidência experimental que aponte para onde buscar as questões capazes de derrubá-la
.
Almir O. Caldeira é professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp.
21.3 - Duas Teorias:
Um exemplo dado por Lívio Vinardi: suponhamos que entre os pontos A e B da Figura 1 exista uma distância de um metro
e que façamos o grão (partícula)  mais infinitesimal de matéria percorrer essa distância em um segundo.

Se esse grão percorrer o trajeto em linha reta, de forma direta, executará o mínimo de trabalho possível.
Mas se o fizer seguindo um caminho sinuoso, como na Figura 2, o caminho percorrido por essa partícula será maior e, como o realizará no mesmo tempo de um segundo, terá que desenvolver um trabalho também maior. 

Esta mesma partícula ou grão infinitesimal (que pode ser também uma carga energética.já que, como explicamos, existe equivalência entre matéria e energia) pode, elevando o número de oscilações para cima e para baixo da linha central, aumentar de forma extraordinária a distância a percorrer para cumprir o mesmo trajeto de A a B, no mesmo tempo de um segundo. Quanto maior for o número de oscilações, maior será o trabalho desenvolvido. Ou, em outras palavras, maior será a energia posta em jogo.

Nosso grão infinitesimal pode chegar a cumprir oscilações da ordem de milhões, bilhões ou trilhões de vezes por segundo, e, a partir destes números, estaríamos considerando os valores verdadeiros e reais, práticos, que interessam aos fenômenos da energética humana que deveremos estudar.

Ao lado da teoria dos ciclos vibratórios (ou oscilatórios) que esboçamos acima, uma outra teoria nos interessa: a Teoria da Relatividade (parcial) de Einstein. Já em 1905, este cientista começou a esboçar certas equivalências, e chegou a concretizar uma equação que liga ou relaciona a matéria com a energia, Einstein deixa explícito que:

E = m . c 2

Onde:
E = energia; m = massa; c = velocidade da luz.

A interpretação dessa fórmula: a energia contida em uma determinada porção de matéria é' igual a sua massa m multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz (c 2).

Esta fórmula demonstra que mesmo uma quantidade muito pequena de matéria é capaz de liberar uma quantidade espantosamente grande de energia. Exemplo disso é a utilização da energia atômica nas grandes usinas construídas para isso, Com uma quantidade relativamente pequena de um mineral adequado (digamos, urânio), consegue-se energia suficiente para mover fábricas e cidades,.

E, finalmente, temos que nos referir a uma terceira e importantíssima teoria da física moderna, a Teoria Quântica de Planck.

Planck estabeleceu o valor infinitesimal de carga energética, o mínimo concebível, e denominou esse valor de "quantum de energia" ou "quanta", que é a mesma coisa. A seguir, ele diz que a energia que se libera ou se coloca em jogo tem estreita ou direta relação com a freqüência de oscilações ou movimento vibratório de tal carga quântica.

A fórmula de Planck é a seguinte:

A constante de Planck, representada por h, é uma das constantes fundamentais da Física, usada para descrever o tamanho dos quanta. Tem um papel fundamental na teoria de Mecânica Quântica, aparecendo sempre no estudo de fenômenos em que a explicação por meio da mecânica quântica se torna influente. Tem o seu nome em homenagem a Max Planck, um dos fundadores da Teoria Quântica. Seu valor é de aproximadamente:
onde:

E = energia do fóton, denominada quantum;
h = constante de Planck;
? = frequência da radiação. Letra do alfabeto grego, que tem som de "ni".

Onde: E = energia quântica manifestada; h = valor do quantum infinitesimal ou constante de PlanckJ = freqüência da oscilação com que se desloca esse quantum. O valor do quantum infinitesimal determinado por Planck é, obviamente, uma cifra muito pequena:

h = 6,626 . 10-27
Isto quer dizer que se trata do número 6,626 com 27 zeros à esquerda, ou seja, antes do mesmo.

Coloquemos agora este quantum de ação no lugar da partícula infinitesimal que consideramos na Figura 1, e façamo-lo viajar entre A e B, não à razão de um metro por segundo, mas sim à velocidade da luz ( 300.000.000 de metros por segundo) e comum valor de oscilação ou freqüência não de um, três ou cem ciclos por segundo, mas de milhões, trilhões de ciclos por segundo.

Conceitue-se isso e teremos uma idéia de que, embora seja o valor da constante de Planck uma quantidade muito pequena, ela pode chegar a desenvolver uma energia significativa, extraordinária até. Isto é, as famosas vibrações dos mais altos níveis de energia que se conhecem.

Esboçamos assim, de forma muito ligeira, teorias fundamentais da física moderna. Tais conceitos, embora longe de definitivos, são teorias aceitas que permitem ao menos dar um passo adiante em algumas coisas que estão ainda bastante obscuras. (Texto traduzido do Físico,  Engenheiro Eletrônico e Musicólogo Lívio Vinardi e trechos retiradas da Wikipédia)

21.4 - UTOPIA QUÂNTICA

WLADIMIR GUGLINSKI

... porque os místicos (ao recorrerem à teoria quântica para sustentar suas teorias) têm feito a ponte entre ciência e esoterismo através de uma concepção monista (ou seja, a hipótese de que no Universo só exista matéria), o que implica que trata-se então de um espiritualismo materialista.

Eu abordo essa questão no "Epilogo" de UTOPIA QUÂNTICA...
Os místicos, quando recorrem ao argumento de que a Física Quântica corrobora suas teorias, na verdade estão traindo suas convicções mais íntimas.

Tem sido prática entre os místicos fazer alusão a teorias cientificas, alegando que estas vêm corroborando suas crenças, na esperança de que esse procedimento dê às teorias místicas uma maior credibilidade.

No caso da Física Quântica, o tiro sai pela culatra. Pois essa estratégia na verdade é perniciosa, porque os místicos (ao recorrerem à teoria quântica para sustentar suas teorias) têm
feito a ponte entre ciência e esoterismo através de uma concepção monista (ou seja, a hipótese de que no Universo só exista matéria), o que implica que trata-se então de um espiritualismo materialista.

Eu abordo essa questão no "Epilogo" de UTOPIA QUÂNTICA - Epílogo Capra, Matrix, Goswami & Cia

Os misteriosos paradoxos da Física Quântica fomentaram muitas especulações filosóficas sobre como se processam os fenômenos físicos, e sobre a maneira como nós interagimos com tais fenômenos. E esse novo ramo do conhecimento deu ensejo ao aparecimento de autores que usam os conceitos da teoria quântica como fontes de explicação para outros ramos do conhecimento humano. De certa forma isso começou com o físico Niels Bohr, que, fascinado com os paradoxos quânticos, pensou que a resposta para explicá-los pudesse talvez ser buscada no ensinamento esotérico da religiões orientais, e Bohr até teria buscado inspiração no esoterismo oriental para propor alguns dos princípios da teoria quântica, a exemplo do Princípio da Complementaridade.

Os defensores da Física Quântica podem retrucar que, antes de criticar todo o conhecimento filosófico que evoluiu no Século 20 por conseqüência da influência da teoria quântica, é preciso aguardar o reconhecimento da nova Teoria Quântica dos Anéis, visto que teriam muita razão essas pessoas se por sua vez criticassem o autor, dizendo: "a rejeição dos postulados quânticos, entre eles o da complementaridade, depende da aprovação da nova pela comunidade científica. E o autor por conseguinte deve apresentar provas do que está sustentando, e mostrar que sua alternativa realmente explica os fenômenos em que parece haver uma interferência do observador nos resultados."

A resposta é que isso está sendo feito, através da publicação dos artigos do autor. A comunidade científica irá avaliar se a Teoria Quântica dos Anéis realmente pode dar as respostas que não puderam ser encontradas na teoria quântica. Os leitores que quiserem conhecer os fundamentos da Teoria Quântica dos Anéis encontrá-los-ão em Os Dados que Deus Escondeu, onde se mostra que é possível desenvolver uma teoria na qual estão ausentes os paradoxos que exigiram de Bohr a atitude extrema de conceber seu absurdo postulado da complementaridade. Mas pode-se adiantar que já existe uma prova, descoberta pelo autor, que depõe contra o alicerce fundamental da teoria quântica (o postulado segundo o qual a dualidade onda-partícula é uma propriedade inerente à matéria). Essa suposta propriedade da matéria (a qual nas experiências às vezes se manifestaria como onda e noutras vezes se manifesta como partícula) foi a mais preponderante inspiradora do postulado da complementaridade de Bohr. No entanto o postulado da dualidade da matéria é incompatível com a experiência Michelson-Morley para prótons, e vemos aí portanto o pilar da teoria quântica desmoronar ao ser confrontado com uma experiência (uma nova versão da experiência Michelson-Morley, que no Século 19 também derrubou os pilares da Mecânica Clássica). Há que se salientar que essa prova experimental independe de ser a teoria do autor correta ou incorreta. Mesmo que no futuro os físicos constatem ser insatisfatória a Teoria Quântica dos Anéis, essa conclusão entretanto não invalida os resultados da experiência Michelson-Morley para prótons (que demonstra ser inviável a suposta dualidade da matéria), e o postulado da complementaridade se vê assim destituído da causa primordial que inspirou Bohr a concebê-lo.

A "ponte" sugerida por Bohr entre o esoterismo e a teoria quântica tomou forma no trabalho de Fritjof Capra, e milhões de esotéricos em todo o mundo saudaram essa nova visão do mundo como uma confirmação científica do ensinamento esotérico. A Física Quântica passou a ser idolatrada pelos místicos. A teoria quântica, que do ponto de vista do método científico é uma doutrina científica, associou-se a uma doutrina religiosa, na visão de físicos místicos. Mais tarde apareceu a versão de Amit Goswami. Como o próprio Goswami confessa em seu citado livro, de início ele se roeu de inveja pela "ponte de Capra", porque desde os primórdios de seus estudos da teoria quântica ele havia intuído as mesmas idéias de Capra. Sua contribuição para a "ponte" entre esoterismo e ciência nada acrescentou de significativo do ponto de vista de originalidade, mas ela tornou-se bastante conhecida por três motivos: a) o autor é indiano, condição que o coloca como autoridade sobre o conhecimento das religiões orientais, b) ele tem doutorado em Física Quântica, o que supostamente o habilita a interpretar a teoria quântica como bem lhe aprouver, c) os esotéricos recebem de braços abertos os livros de doutores em Física Quântica que enaltecem a semelhança entre as duas doutrinas, a científica e a religiosa.

A exploração da teoria quântica com fins comerciais extrapolou os limites de nossa paciência. Como se não bastasse "O Ser Quântico", ainda tivemos que ver a teoria quântica aplicada à gestão empresarial, com títulos como "A Empresa Quântica". A teoria quântica é sem dúvida uma galinha dos ovos de ouro para autores e editores. E se por acaso experiências científicas viessem a invalidar a teoria quântica, tanto os autores, como os editores, e também os esotéricos que defendem a "ponte de Capra", ficariam bastante contrariados com o aparecimento de tais experiências que matariam a galinha dos ovos dourados.

Mas tais experiências estão aparecendo, a queda da Física Quântica é inevitável, e será em um futuro próximo, levando-se em conta os resultados da experiência Letts-Cravens relatados na ICCF-10 de agosto-2003. Como conseqüência, também a "ponte de Capra" vai ruir. E como irão reagir à queda de teoria quântica todos os que dela têm se beneficiado? Bem, quanto a autores e editores eles encontrarão outras maneiras de ganhar dinheiro, e certamente irão explorar justamente a nova teoria que vai substituir a velha teoria quântica. Mas e quanto aos esotéricos? Avaliemos a sua perda.

Um detalhe que o leitor poderia criticar no enredo de Chandrakant 2204 é a coincidência de ter o herói da estória ficado fisicamente incapaz à semelhança de seu mestre Hawking. Afinal, coincidências na vida real são contingências que não temos como negar, mas na ficção são vistas com muita suspeita, e um autor prudente deve evitá-las. Teria sido então melhor evitar essa coincidência que poderia - não exatamente depor contra a plausibilidade da estória, já que há outros detalhes que depõem com maior eloquência - pelo menos indispor o leitor contra o enredo.

Aquela coincidência macabra todavia constitui não apenas um mero detalhe do enredo. A deficiência física do Dr. Chandrakant foi uma coincidência que não pôde ser evitada pelo autor, porque encerra uma metáfora, que explica-se a seguir.

Nosso herói tetraplégico partira para o futuro para curar-se, depositando suas esperanças na Física Quântica, que forneceu o passaporte teórico e tecnológico para sua viagem no tempo. Chegou ao futuro, curou-se, viveu momentos inesquecíveis e gloriosos, e ao voltar descobriu que não estava curado, que a cura tivera sido uma ilusão que ele viveu em um mundo de ilusão criado por uma teoria ilusória: a Física Quântica. O impacto da desilusão, sendo proporcional à magnitude das ilusões perdidas, não poderia ter sido para Chandrakant maior do que foi. Ele perdeu tudo, depois de ter desfrutado da ilusão, criada pela Física Quântica, de que tivera tudo: saúde, amor, momentos de felicidade. Esse era o castigo amargo de ter se deixado seduzir pelo mundo ilusório da Física Quântica. E este é o paralelo que se estabelece entre a desilusão de Chandrakant e a que terão os esotéricos, que depositam sua fé em uma teoria inverossímil como a Física Quântica, quando a teoria cair, arrastando em sua queda a ponte de Capra.

Certa vez alguns repórteres ao entrevistarem Fritjof Capra perguntaram-lhe o que seria de sua ponte entre a teoria quântica e o esoterismo se a Física Quântica viesse a ser superada por uma nova teoria no futuro. Ele respondeu que a ponte permaneceria de pé, alegando que uma nova teoria seria uma complementação da velha teoria quântica, e que por isso a nova teoria teria de sustentar-se sobre os princípios fundamentais da velha teoria. A confiança de Capra na solidez da ponte evidentemente reflete sua convicção de que a dualidade onda-partícula seja uma propriedade da matéria, e que por ser inerente à matéria não irá mudar com a vinda de uma nova teoria. Esse poderia ser o último fio de esperança dos esotéricos, que poderiam alegar que nada garante que a dualidade onda-partícula seja uma propriedade da trajetória helicoidal, e que portanto eles preferem continuar creditando a dualidade a uma propriedade da matéria. Entretanto, como a experiência Michelson-Morley para prótons demonstra não ser viável a hipótese de que a dualidade seja uma propriedade da matéria, fica a matéria destituída da propriedade dual, e a ponte de Capra perde sustentação.

De minha parte não considero que a perda dos esotéricos será de grande monta, pois o que a Física Quântica lhes concede é um espiritualismo materialista, já que a ponte que conecta a Física Quântica ao esoterismo sustenta-se sobre uma suposta propriedade da matéria, a dualidade onda-partícula, e dessa forma qualquer teoria espiritualista que possa nascer desse casamento fatalmente herdará o materialismo contido nessa propriedade dual da matéria, materialismo que ficou ainda mais exacerbado pela teoria monista de Amit Goswami, inconveniente que pode ser evitado através de uma teoria dualista, se ela ficar desvinculada da suposta propriedade dual da matéria defendida na Física Quântica. Segundo a concepção monista, o Universo é constituído apenas de matéria, que é dual, conforme propõe a Física Quântica.

Na concepção dualista além do mundo material (composto da matéria e do éter físico que deu origem à matéria) o Universo é também constituído por um outro éter, de informação. No atual estágio, estamos descobrindo as leis que regem o comportamento do mundo material (falta descobrir algumas leis fundamentais, algumas das quais são propostas na Teoria de Guglinski, e vale a pena lembrar que a comunidade científica nem aceita ainda a hipótese do éter físico). De qualquer forma, no mundo material todas as leis se submetem ao princípio de causa e efeito. A matéria é corpuscular, e não tem propriedade dual, mas a matéria pode se converter em éter físico, e vice-versa, através da equação E=mc2 de Einstein. Quanto ao éter de informação, desconhecemos completamente as leis que regem seu comportamento. Ele é responsável por criações fantásticas como a estrutura do DNA e órgãos complexos como o cérebro e o olho, e sem sua interação com o mundo material a vida nunca apareceria no Universo nem evoluiria até chegar à forma de um ser humano (cálculos matemáticos já demonstraram que é impossível que a vida seja conseqüência de ocorrências aleatórias, como defende a ciência vigente, desde que os cálculos de probabilidade já demonstram que a própria estrutura do DNA nunca seria obtida se fosse produto do mero acaso). Nesse éter de informação estaria a sede da consciência, e sua interação com o mundo material produziria os fenômenos paranormais. Essa é a concepção que irá no futuro substituir a ponte de Capra, depois que a própria Física Quântica for superada por uma nova teoria.

Autor: WLADIMIR GUGLINSKI
21.5 - MAX PLANCK

Max Karl Ernst Ludwig Planck nasceu em Kiel, 23 de Abril de 1858 e faleceu em Göttingen, 4 de Outubro de 1947, foi um físico alemão, considerado o pai da mecânica quântica.

Depois de estudar em Munique, Planck obteve seu doutorado em 1879 na capital Berlim, no qual acompanhou cursos de física ministrados por Hermann von Helmholtz e Gustav Kirchhoff além dos cursos de matemática de Karl Weierstrass. Nessa época, teve sua atenção vivamente despertada pelo estudo da termodinâmica. Voltou para Munique em 1880 a fim de lecionar na universidade local e prosseguir suas pesquisas nesse campo, não conseguindo grande sucesso. Apesar disso, laureou-se com uma tese sobre o segundo princípio da termodinâmica , seguindo para sua cidade natal Kiel em 1885.
Ali casou-se com Marie Merck em 1886. Em 1889, Planck seguiu para a Universidade de Berlim e após dois anos foi nomeado professor de Física Teórica, substituindo Gustav Kirchhoff.

Em fins do século XVIII, uma das dificuldades da física consistia na interpretação das leis que governam a emissão de radiação por parte dos corpos negros. Tais corpos são dotados de alto coeficiente de absorção de radiações; por isso, parecem negros para a vista humana.

Em 1899, descobriu uma nova constante fundamental, chamada posteriormente em sua homenagem Constante de Planck, e que é usada, por exemplo, para calcular a energia do fóton. Um ano depois, descobriu a lei da radiação térmica, chamada Lei de Planck da Radiação. Essa foi a base da teoria quântica, que surgiu dez anos depois com a colaboração de Albert Einstein e Niels Bohr. De 1905 a 1909, Planck atuou como diretor-chefe da Deutsche Physikalische Gesellschaft (Sociedade Alemã de Física). Sua mulher morreu em 1909, e, um ano depois, Planck casou-se novamente com Marga von Hoesslin.

Em 1913, foi nomeado reitor da Universidade de Berlim.

Como consequência do nascimento da Física Quântica, foi premiado em 1918 com o Prêmio Nobel de Física. De 1930 a 1937, Planck foi o presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço da Ciência do Imperador Guilherme).

Durante a Segunda Guerra Mundial, Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos cientistas judeus. O filho de Planck, Erwin, foi executado no dia 20 de julho de 1944, acusado de traição relacionada a um atentado para matar Hitler.

Planck morreu em 4 de outubro de 1947 em Göttingen. A seguir o instituto KWG foi renomeado como Max-Planck-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso da Ciência).

Fonte: Wikipedia

Solange Christtine Ventura
www.curaeascensao.com.br