O Despertar do Cristo Interno






Palestra de Aldomon Ferreira

Copyright (c)1999 Aldomon Ferreira - SVCA

O tema desta noite é "O Despertar do Cristo interno", meta tão importante e tão maravilhosa ao ser alcançada. Quem dera todos nós saíssemos daqui, hoje, com o nosso Cristo interno já desperto. Mas é um começo, para aqueles que já estão trabalhando tal dádiva já há algum tempo, terão a oportunidade de sentir um pouco mais do contato. E para quem está iniciando ou quem nunca conheceu, vai ter a oportunidade de perceber, de ter contato com algo incomum, porque a idéia de Cristo que até agora nós sabíamos, geralmente, é associada a Jesus, um ser que veio à carne, veio ao mundo material já há algum tempo e que mudou toda a nossa História, principalmente a ocidental.

Então, hoje, quero mostrar que o aspecto crístico não é apenas aquele trazido por Jesus, mas aquele que, nessa fase tão importante que o Planeta está vivendo, será marcado em cada um de nós que nos auto-aprimorarmos nessa fase de transição planetária.

O despertar do Cristo interno é um meta que tem sido almejada por seres aqui na terra desde os primórdios das civilizações que surgiram e que desapareceram, ressurgiram. O Cristo é uma coisa pouco conhecida hoje, mal compreendida, mal interpretada. Vejam que Jesus, de forma bem direcionada, veio trazer a mensagem do que é o Cristo há, praticamente, dois mil anos.

Outros seres, antes dele, também vieram até aqui dar a sua vivência - não apenas a sua mensagem, mas a sua vivência - a respeito da personificação do amor, da justiça, da sabedoria e do poder. Personificação essa que se manifesta como Cristo. O nível existencial, o nível consciencial da personificação do Cristo é irradiada de mundos mais sutis para o mundo físico.

Nós temos no corpo humano diversas coisas que desconhecemos, porque, na escola, estudamos que bem aqui, no coração, nós temos um centro de força cardíaco. Esse centro de força é sede do nosso sentimento. Muitas pessoas desejam desenvolver o seu cardíaco, o seu amor. No entanto, não podemos esquecer que o centro de força cardíaco não é meramente uma porta de entrada de energias ou uma porta de saída de energias psíquicas.

Para quem nunca estudou sobre os chakras, ao longo do nosso corpo, existem mais de dois mil pontos energéticos que concentram energia, absorvem energia, transmitem energia e circulam energia. Os hindus os chamam de chakras ou rodas. Nós, aqui do Ocidente, usamos muito o nome de centro de força, centro de energia. Ao longo do corpo, temos mais de dois mil e escolhemos principalmente sete. Temos aqui, na base, na região sexual, o chakra chamado chakra base, de onde vem a energia vital que irriga de vitalidade todo o nosso corpo, o Kundalini. Depois, temos, na altura do intestino, do umbigo, o chakra umbilical.

Esse chakra umbilical é responsável pela energização dos nossos órgãos do aparelho digestivo. Ele, associado a outro chakra ou centro de força do plexo solar, que fica no estômago. No entanto, por enquanto, o chakra que vamos explorar não são esses. Visto que o nosso tema é Cristo Interior, vamos ver de onde é que se irradia tal força crística em nosso corpo: no coração, o chakra cardíaco, sede de todos os nossos sentimentos elevados.

No chakra cardíaco se manifesta a vibração de quatro planos. O primeiro plano, a que estamos mais acostumados, é o plano físico, o nível da dimensão física. Essa dimensão física, ao gostarmos de alguém, de alguma coisa, ao desejarmos ter um ente querido preservado de qualquer dor, de qualquer sofrimento, ao desejarmos que tal pessoa seja feliz, pelo prazer ou pelo contentamento físico que tal pessoa ou bem ou objeto ou ser, seja vegetal, animal ou mineral, ao desejarmos o bem-estar de tais seres, estamos manifestando, se a fonte de tal bem-estar é o contentamento de ter o contato físico, estamos associados ao cardíaco físico, quer dizer, ao chakra cardíaco modulado na vibração do plano físico, este plano em que estamos vivendo.

Ainda não é o Cristo, ainda não é a manifestação de Cristo, quando o nosso amor manifesta-se apenas no nível físico, no nível material, no nível corporal. Quando começamos a ter certa afinidade, certo sentimento, independente do contato corporal, mas ainda há o desejo de troca, onde você ama uma pessoa e uma pessoa te ama e, aí, você se sente feliz e aumenta esse amor, nós estamos associados ao plano astral, ao chakra cardíaco sintonizado ao plano astral.

O plano etéreo não vou mencionar muito, porque não é um plano de manifestação nossa, humana. Quando desencarnamos, perdemos esse corpo material vamos não para o plano etéreo, mas para o plano astral, o plano onde os espíritos constituem colônias, cidades, países, onde vivem após desencarnarem.
Então, os sentimentos de amor, amor-afeto, está relacionado a esse plano, o plano astral. Ainda não é a manifestação de Cristo. O que eu quero colocar aqui é que, quando se fala a respeito de amor - muitas vezes, nós pensamos que o amor que um homem sente por uma mulher ou que a mãe sente por um filho - nem sempre esse amor é crístico.

Jesus manifestou um amor crístico. Buda manifestou um amor crístico. O Krishna manifestou. Vários santos da história de diversas religiões, e até santos que não tinham religião - religião dessas pré-estabelecidas - manifestaram um amor crístico. Mas era um amor que não tinha tais características físicas de: ter um bem que dá prazer, faz amar, esse não é crístico ainda. Ter um amor que tem afinidade, que tem uma troca de sentimento ainda não é crístico.

O amor crístico tem uma natureza. A natureza dele é ser incondicional. O que quer dizer isso? Não há troca. Qualquer amor em que haja troca não é amor crístico. O amor crístico se dá sem absolutamente nada desejar receber. No entanto, quando falamos que ele é incondicional, estamos referindo ao fato de que ele não pede nada para se doar, não cobra nada, não deseja prêmio. Ele é incondicional nesse sentido, no entanto, tem algumas condições, mas não relacionadas a barganha, a troca.

A condição do amor incondicional é, em primeiro lugar, justiça. Existem leis na vida que, mesmo que ninguém aqui, na Terra, obedeça isso não invalida as leis, isso não as torna injustas. Aliás, é o tema da próxima palestra, sobre as leis de ação e reação e a justiça suprema. Mas essas leis de justiça, quem quer manifestado em si o amor crístico precisará manifestá-las.

Então, enquanto estamos apegados a receber para poder doar ou a doar com o intuito de receber, nós estamos vivendo o amor ainda astral, quando se trata de afinidade. É como aquela história: quando uma pessoa chega perto de você e começa a te adular ou a te elogiar e, quando você menos vê, ela lhe pede alguma coisa, de forma sutil ou de forma declarada.

Aquele amor que ela estava tentando demonstrar nada mais é do que um desejo de troca. Isso não é amor crístico. Quando uma mãe cuida de um filho com o desejo de ter o prazer de vê-lo crescendo, de vê-lo ser aquilo que ela acredita que ele deveria ser e que, quando o filho não reage na expectativa da mãe ou do pai, começa a sentir raiva, contrariedade, é porque o amor que a mãe ou que o pai estava sentido não era crístico.

Nós temos, saindo do Cardíaco, a vibração ou energia de ondas vibratórias do plano mental. Esse plano mental divide-se em quatro níveis. O primeiro nível é o crístico. O nível crístico do Cristo interno em Cristo Externo. Depois, o nível búdico, o nível da sabedoria. Aqui, embaixo, é o nível do amor. Vejam bem que, a partir do Cristo, precisa haver um equilíbrio entre quatro forças: amor, justiça, sabedoria, poder. Se não houver o equilíbrio dessas forças, não forma-se a manifestação do Cristo.

Mais acima do nível mental, temos o nível da justiça e, depois, o nível do poder. O poder é o aspecto máximo. Por que ele é o aspecto máximo? Porque para alguém mover o poder é preciso, antes de tudo, mover esse aspecto, que é o Cristo ou o amor dosado de justiça, dosado de sabedoria, dosado de poder. Sem amor não se tem sabedoria. Sem sabedoria não se tem justiça. E sem justiça não se tem poder.

Muitas pessoas buscam o poder, seja o poder político, o poder religioso, o poder material, como o dinheiro, o poder da magia. Mas nenhum poder estará de fato completo ou será absoluto, pleno enquanto a pessoa não tiver três elementos precedendo o poder, os três elementos que formam a manifestação crística. Muitas pessoas alegam: "Não, mas Cristo é coisa do passado. Agora é da sabedoria, agora é de Buda, agora é a era mental."

Só ficará para a era mental quem assimilar em si a era do sentimento. Quem não sabe amar não saberá compreender, não saberá entender as leis da vida, não terá sabedoria.

Então, no plano mental, o nível crístico é o primeiro que precisamos buscar. Agora, esse nível do poder é um nível relacionado à criação dos mundos, os mundos da forma são criados nos planos mentais, astrais, etéricos e físicos. Quando Cristo se manifesta, ele faz um fenômeno incrível. Ele faz a agregação da vida, essas quatro forças.
A agregação de quatro forças faz uma manifestação crística. Do chakra cardíaco, projeta-se personificação de justiça. Do chakra cardíaco projeta-se personificação do amor, da sabedoria, do poder. São arquétipos, são seres psíquicos criados por nós. Tais seres se manifestam em nós como porta vozes, porta-vozes do Cristo. Todo e qualquer lugar em que alguém manifeste o Cristo, essa pessoa terá esses quatro elementos.

No entanto, é preciso lembrar-se de uma coisa: o Cristo é composto de quatro, mas, dessas quatro, a força predominante é o amor. Quer dizer, a manifestação crística é meiga, é doce, é serena, é terna, é cheia de compaixão. Esta é a manifestação de Cristo. Ela é aquela que sente a vida de  tudo pulsando em si mesmo.

No entanto, quando a dor de ver a dor do próximo começa a crescer, uma força precisa interceder para que a manifestação crística não se auto-destrua pela dor daqueles que sofrem. Essa força que intercede para proteção chama-se justiça, compreensão da justiça suprema.

Um ser que ama extremamente a tudo que vive, quando vê algum ser vivo sofrendo, sentindo a dor, a agonia, a desespero, a miséria, só consegue permanecer em paz, em equilíbrio, ao invés de desenvolver uma dor aguda, desenvolvendo uma compaixão serena, uma compaixão compreendida vinda da compreensão da justiça, sabendo que nenhum ser sofre em vão, sabendo que existem leis que impulsionam a cada ser vivo, que está acertando, que está errando, a evoluir. E essas leis tanto podem proporcionar sofrimento como
felicidade.

Então, o Cristo compreende isso. Por isso ele consegue suportar a dor de qualquer ser em si mesmo, sem entrar em desespero. Jesus teve esse dom. Um ser que conseguiu suportar a dor de muitos e não fugir, escondendo-se, e, sim, enfrentar e ajudar. Porque para quem começa a sentir o amor, ver alguém sofrendo dói, dói no coração. É uma dor profunda, que vai lá no âmago do ser e gera uma vergonha, uma vergonha de ver o sofrimento alheio e não fazer nada, porque a pessoa tem medo, não sabe como.

Então, é um passo difícil da nossa evolução, que a justiça, ao dosarmos ali, junto com esse amor incondicional, começa a formar o Cristo. Ainda não está formado. Só justiça e amor ainda não formam o Cristo. É preciso ter a sabedoria para discernir. Quem começa a desenvolver o Cristo e não o dosa, ele deixa de ser Cristo e pode entrar em desequilíbrio. O Cristo verdadeiro é o equilíbrio.

Então, Jesus, como um exemplo terrestre de ser que manifestou em si a personificação crística - ele conseguiu juntar, de forma incrivelmente harmônica, as quatro forças: amor, justiça, sabedoria e poder -, foi esquecido ou mal interpretado por diversas religiões, que, ao se constituírem, acabaram cultuando bem mais a si mesmas do que ao Cristo ou, então, cultuaram tanto Jesus que esqueceram a personificação de Cristo, coisa que Jesus tinha  a intenção de que nunca fosse esquecida.

Esse ser que muitos conheceram como Jesus hoje em dia não adota mais esse nome, a não ser para aqueles que o conhecem com tal nome. Ele continua existindo, continua governando o planeta Terra. Enquanto aqui estiver na era do amor, na era do Cristo, ele continuará governando o planeta. Ele irradia o seu amor para todos os seres. É um amor pleno de sentimentos, pleno de justiça, de sabedoria e de poder para atuar para que as leis da vida sejam cumpridas.

Qual foi a missão de Jesus aqui na Terra? Está sendo. Não foi com esse sentido de coisa do passado. Aqui está um ser humano. Um ser humano que tem no coração um microcosmo, um universo inteiro, com seres vivos manifestando-se. Aqui, desse microcosmo, no interior do coração do ser, projeta-se uma fagulha fina de energia. Essa fagulha vai para a sua essência,  sua Monada, espírito ou aquilo que nós, espiritualistas, muitas vezes chamamos de eu superior, eu interno. Hoje, vamos ver qual é a diferença, se Cristo e eu superior são a mesma coisa. Não são a mesma coisa.

Então, aqui temos o eu superior. Depois, temos aqui o Cristo cósmico manifestado para a pessoa. Esse Cristo cósmico recebe energia do Cristo planetário. Quer dizer, esse Cristo que chamamos de cósmico não é cósmico. Ele é o Cristo do planeta Terra, que irradia-se sobre a cabeça daquele que é um iluminado. Irradia-se sobre o topo da cabeça.

Todo iluminado crístico, a partir do nível crístico, se tivermos clarividência ou depois que desencarnamos e vamos para uma dimensão astral mais sutil, podemos facilmente ver sobre a cabeça de tais seres uma galáxia flutuando acima da cabeça, um disco galáctico projetando um raio vertical, um raio luminoso vertical que desce sobre a cabeça e em volta de todo o corpo do ser iluminado.
Esse ser que muitos conheceram como Jesus hoje em dia não adota mais esse nome, a não ser para aqueles que o conhecem com tal nome. Ele continua existindo, continua governando o planeta Terra. Enquanto aqui estiver na era do amor, na era do Cristo, ele continuará governando o planeta. Ele irradia o seu amor para todos os seres. É um amor pleno de sentimentos, pleno de justiça, de sabedoria e de poder para atuar para que as leis da vida sejam cumpridas.

Qual foi a missão de Jesus aqui na Terra? Está sendo. Não foi com esse sentido de coisa do passado. Aqui está um ser humano. Um ser humano que tem no coração um microcosmo, um universo inteiro, com seres vivos manifestando-se. Aqui, desse microcosmo, no interior do coração do ser, projeta-se uma fagulha fina de energia. Essa fagulha vai para a sua essência, sua Monada, espírito ou aquilo que nós, espiritualistas, muitas vezes chamamos de eu superior, eu interno.

Hoje, vamos ver qual é a diferença, se Cristo e eu superior são a mesma coisa. Não são a mesma coisa. Então, aqui temos o eu superior. Depois, temos aqui o Cristo cósmico manifestado para a pessoa. Esse Cristo cósmico recebe energia do Cristo planetário. Quer dizer, esse Cristo que chamamos de cósmico não é cósmico. Ele é o Cristo do planeta Terra, que irradia-se sobre a cabeça daquele que é um iluminado. Irradia-se sobre o topo da cabeça.

Todo iluminado crístico, a partir do nível crístico, se tivermos clarividência ou depois que desencarnamos e vamos para uma dimensão astral mais sutil, podemos facilmente ver sobre a cabeça de tais seres uma galáxia flutuando acima da cabeça, um disco galáctico projetando um raio vertical, um raio luminoso vertical que desce sobre a cabeça e em volta de todo o corpo do ser iluminado.

Esse ser, esteja ele encarnado ou não, esta manifestação crística existe visualmente nos mundos da forma, seja ele astral, etéreo, mental. No físico, raros são os casos, mas também pode se manifestar tal luz sobre um ser no físico, dependendo do grau de iluminação e de materialização das energias vibracionais. Esta galáxia que se manifesta sobre o topo da cabeça do ser irradia energia crística para o eu superior da pessoa.

Mas, na verdade, o eu superior só começa a fazer a ponte de contato com a pessoa e da pessoa para o eu superior depois que despertamos em nós mesmos o Cristo interno, que desabrocha como uma rosa linda, que começa a girar como uma galáxia bem no coração. Ao desabrocharmos o Cristo interno, nós fazemos uma ponte com um sol interno, a nossa essência, despida de qualquer cor, seja ele astral, seja elemental.

A nossa essência faz a realimentação de energia crística. E essa energia crística vem de fora, do macrocosmo, do mundo exterior. A Terra é o nosso grande Cristo. Jesus também absorvia energia da Terra, energia crística. Ele não usou apenas o Cristo interno dele em sua missão. E não usa até hoje. Veja um ser crístico, agora, como se fosse uma antena. Uma antena que recebe amor de Deus. Quando falo Deus, não estou falando Deus, aquele senhor de idade, sentado na nuvem, assistindo a gente aqui e determinando: "Você sofre. Você não sofre.

Você, agora, vai se dar bem. Você, agora, vai se dar mal, mesmo que não mereça." Quando falo Deus, estou falando da essência da vida que nos alimenta a todos. É de onde a vida provém, em mim, em você, em tudo. Esse que é o Deus de que falo. É quando todos esses sóis aqui se unem uns aos outros e formam um único sol. É a este Deus que me refiro. A essência que existe aqui e existe além daqui. O criador absoluto, transcendental.

Ele está ao alcance de qualquer pessoa. Mas uma pessoa só vai alcançá-lo quando alcançar o seu próprio Cristo interno no seu coração, quando desenvolver amor, justiça, sabedoria e poder dentro de si mesma. Aí, sim, vai poder entrar em contato com o seu próprio eu interior e o seu eu interior vai gerar uma onda vibratória em volta do próprio corpo do ser, que fará ele entrar em sintonia com o Cristo do macrocosmo. E, como no macrocosmo existe uma hierarquia, esse Cristo precisa ser numa voltagem vibratória.

Vamos, agora, nos imaginar como um aparelho. Imagine o seguinte: o chakra cardíaco, onde a manifestação crística irá ocorrer. Digamos que esse chakra cardíaco seja de 12 volts, voltagem vibratória daquele centro de força. É um centro de força psíquico que fica, energeticamente, no nosso coração. Os médicos não vão conseguir achar esse centro de força com ressonância magnética, com esses aparelhos que pegam apenas um grupo etéreo físico.

Só vão conseguir encontrar o centro de força quando analisarem a aura astral do ser ou o etérico astral. Aí, vai se poder encontrar o centro de força. Enquanto não tiver equipamento para tal, não vai conseguir. Mas, em breve, vai ter. Quando recebemos energia crística de nós mesmos, é uma energia de 12 volts. Mas digamos que nós queiramos ser energizados por uma força mais harmônica, mais plena dos quatro elementos crísticos e que queiramos receber a energia crística do macrocosmo e esse macrocosmo vai se manifestar em nós através da energia crística do planeta Terra.
Quer dizer, o Cristo interno do planeta Terra, para nós, é o Cristo que vem da essência, do conjunto de microcosmo e macrocosmo. E nós recebemos a energia da Terra. A energia da Terra vem até nós e nós a recebemos. No entanto, faça de conta que, numa pessoa comum, seja apenas um volt crístico que tenha. Não vai conseguir.

Precisa, digamos, no mínimo, de 12 volts vibratórios para conseguir receber a energia crística da Terra. Você não vai conseguir receber de outro planeta mais evoluído do que a Terra e nem do Sol, porque a Terra recebe do Sol. O Sol irradia energia crística para a Terra e ela decodifica tal energia para os seres encarnados.

Agora, você acha que todos nós, que estamos desenvolvendo ou buscando desenvolver o nosso Cristo interno, recebemos energia direto da Terra? Não. Não recebemos. Por que não? Um dado simbólico, um número simbólico: precisaríamos ter 12 volts. Nós só temos 1, 2... Então, é preciso que outros seres façam tal trabalho. Desçam na matéria, reencarnando vindos de mundos muito mais sutis, e funcionem como verdadeiros transformadores de voltagens vivos.

É o que Jesus faz até hoje. O que ele fazia no passado e faz até hoje. Ele capta energia do Cristo planetário para o eu superior dele, recebe do eu superior, do ego. O ego a que me refiro é a manifestação do corpo visível. Não é no sentido de coisas negativas, de eu inferior. Estou falando no sentido de um corpo visível. A essência de Deus não tem como ser vista fisicamente. Toda vez que um ser vê um corpo físico vai estar vendo apenas parte da manifestação de Deus e não em sua plenitude.

Jesus recebia do cosmo, dos outros planetas que irradiavam junto com a Terra, que recebiam do Sol, que recebiam do centro da Galáxia, da Via Láctea. Aqui não é a Via Láctea. Aqui é a manifestação do Cristo da Terra. É porque o Cristo, um dos simbolismos dele em reinos acima do humano é uma galáxia, se manifestar como galáxia ou constelação. Quando em meio físico, se manifesta por símbolos mais humanos.

Nesse caso, a pomba representava o Cristo também. Quando Jesus foi batizado por João Batista, a pomba que desceu foi a manifestação simbólica do Cristo. Já estão começando a perceber que Cristo e Jesus são coisas diferentes. Jesus é um ser como nós. No entanto, ele não tem só 1 volt ou meio volt. Ele tem 12 volts de vibração crística. (Esse número é simbólico. Não podemos esquecer disso. Não é esse número. É apenas para a gente compreender o processo vibratório de Cristo). Jesus tinha essa força de 12 volts, recebeu a energia direta da Terra e redirecionou para os seres humanos.

Quer dizer que todo ser humano, naquela época, recebeu diretamente a força crística, transformada de milhares ou milhões de volts para a voltagem da pessoa. Isso não é maravilhoso? Nós não podíamos ir até a fonte, porque a gente não tinha condições. Mas um ser foi na fonte, buscou aquilo que nós necessitávamos e nos doou, sem nada, absolutamente nada querer, porque o Cristo se doa.

Ele não faz barganhas. Ele se doa completamente, com justiça, sabedoria e com o poder. Jesus até hoje irradia a força crística para todo ser. Ele, como um avatar que é. Muita gente pergunta: "Jesus está encarnado atualmente?" Para quem já conseguiu ter algum contato com um avatares não costuma fazer muito essa pergunta. Por quê? Porque um avatar consegue materializar corpo em que plano ele quiser - físico, etéreo, astral. Então, ele pode estar encarnado na hora em que ele quiser e desencarnar na hora em que ele quiser. Aí, você fala:

"Mas, então, por que crucificaram Jesus?" Mas nessa problemática aí existe uma coisa muito complexa que não vou nem falar. A questão não é Jesus. A questão aqui é o Cristo. Ele apenas está sendo citado porque foi e é um grande representante da manifestação crística. Ele transmite o Cristo para todos aqui da Terra e fora da Terra. Quem desejar desenvolver o seu Cristo interno terá o apoio dele. Se desejar desenvolver predominantemente a sabedoria, vai precisar ter um grau crístico x para poder trabalhar mais a sabedoria ou a justiça ou o poder.

O primeiro nível é o de Cristo, que já é um nível que a maioria dos habitantes da Terra sequer desenvolveu em si uma pequena fagulha. Mas o despertar desse Cristo interno nós podemos fazê-lo. É certo que não estamos com Jesus fisicamente aqui entre nós, mas o caminho já foi dado. A cada instante em que procurarmos não pensar só em nós mesmos e começar a pensar naqueles que vivem, todos que vivem, a partir do momento em que a pessoa começa a se perguntar "será que a minha maneira de ser está atrapalhando alguém, está fazendo alguém sofrer?", "ah, se está, quero me educar", já é Cristo se manifestando na pessoa.

Não pense que você vai desenvolver o Cristo só quando Jesus chegar e impuser a mão dele em cima de você e falar: "O Cristo, agora, é um contigo, como um comigo". Se você não estiver preparado, não vai sentir absolutamente nada, vai continuar sendo a mesma pessoa, sem nenhuma diferença.
Portanto, mesmo Jesus, mesmo Buda, mesmo Krishna, mesmo os arcanjos e anjos e serafins e querubins e mestres ascensionados, mesmo que fizessem uma grande roda em volta de você e irradiassem Cristo, se o seu Cristo interno não estiver desejando despertar, eles não conseguiriam acordar esse menino dorminhoco, porque só a essência manifestada em nós consegue fazer isso. Só a nossa própria essência.

Gente, a Terra está precisando de Cristo em nós, porque aquele que não assumir Cristo em si, independente de religião. Não estou combatendo nenhuma religião, nem incentivando alguma religião. Cristo independe disso. Cristo é amor. Cada vez que você deseja que todo mundo seja feliz, que todo mundo compreenda e conheça e respeite as leis da vida, não por temor mas por compreensão, vocês está sendo uma manifestação de Cristo. É quando você acorda pela manhã e pensa "o que vou fazer de bom hoje pela vida, não só por mim?" Aquele ser que só pensa em si mesmo está muito longe do Cristo.


E não teremos como fazer contato com o nosso próprio eu superior sem desenvolver o Cristo interno. É impossível. Muitas pessoas clamam por Deus e outras dizem que ele não existe, que é mera ficção daqueles que sofrem. Mas Deus existe e está dentro de nós. Ele está fora de nós. Ele está além de nós. Mas, para a gente sentir e ter esse contato maravilhoso com ele é preciso que a gente desenvolva essas quatro forças dentro de nós. E, depois, poderemos receber essas forças do cosmo. O cosmo, o macrocosmo, o mundo exterior estará sempre nos irradiando mais força crística.

Para ter idéia do que é a força crística: é a força que faz os átomos se agregarem. Isso que chamamos de gravidade, na verdade, é Cristo. É. Isso é Cristo, é amor. Como a Terra sabe que não temos condições de viver sem ela ainda, o amor dela nos atrai. E nós sabemos que não temos condição de viver sem ela - quando falo "nós", são nossas partículas, nossos átomos, nossa moléculas - ela nos atrai, como nós nos atraímos por ela.

Acho que alguém aqui já deve ter ouvido falar em levitação. Todo santo que está em êxtase crístico pode levitar. Na História, registrou-se diversos santos que levitavam. Francisco de Assis é um exemplo de santos que levitavam. Francisco de Assis, na vida como Francisco de Assis, teve uma dádiva: a dádiva de incorporar por um tempo considerável o Cristo. Nós podemos irradiar o Cristo. Agora, incorporar Cristo só quando um ser se renuncia, renuncia o próprio ego, renuncia seu nome, renuncia sua roupa carnal, seu corpo, renuncia seus interesses pessoais, seus apegos afetivos, renuncia sua mãe, seu pai, seus irmãos, seus amigos, renuncia a tudo por amor crístico.

Ao renunciar a tudo, o amor da pessoa é tamanho que a terra observa que ele já sabe se cuidar. E ele deixa o apego morrer. E, aí, a gravidade não tem mais poder sobre ele, porque ele já tem a sua própria gravidade. Quer dizer, há aí uma neutralidade de forças. A força magnética do corpo da pessoa se transforma em uma com a força magnética da Terra. Não há mais atração. Começa a haver até uma certa repulsão, não por ódio mas por estar similar, um magnetismo similar, e a pessoa levita.

No caso de São Francisco de Assis, ele começou despertando o Cristo interno, fazendo coisas amorosas, justas, sábias, usando o poder que tinha para o bem. Depois, com o passar do tempo, ele foi dando conta de incorporar o Cristo. Eu gostaria que ficassem distintos esses três elementos. Primeiro, desenvolvemos o nosso Cristo interno. Depois, podemos estar com o Cristo em desenvolvimento, mas nem sempre ele está incorporado em nós, que dizer, se manifestando em nós. Ele pode ficar assim: o Cristo nos influencia e a gente faz por ele. Quando a gente desejar deixar que ele faça através de nós, aí, a gente o incorpora. É diferente de apenas desenvolvê-lo e irradiá-lo.

Você é ele. Você não é um intermediário dele. Então, isso precisa ficar bem claro. A diferença entre você ser um intermediário. Digamos, o Cristo vê uma pessoa sofrendo e dá aquela irradiação de amor para você e você vai lá e ajuda aquela pessoa que sofre por amor. Você ainda não está incorporado pelo Cristo. Você está sendo conduzido pelo Cristo, orientado. Agora, quando você se entrega plenamente ao Cristo, não tem mais nenhum interesse pessoal, aí, ele incorpora em você.

Quando ele incorpora em você, você entra em perfeita sintonia com o Cristo cósmico e entra em êxtase crístico, que chamamos também de Samadhi, estado de beatitude espiritual. Nesse estado maravilhoso, um ser pode dizer como Jesus: "Não sou mais eu quem vivo e, sim, o Pai que vive em mim ou Deus que vivem em mim." Porque não era mais ele, o ego dele, o Jesus transitório. Ali era o Cristo. Era a força do amor, da justiça, da sabedoria e do poder cósmico.

É a força que faz os átomos se agregarem. É a força que faz a Terra ter gravidade, que faz a Terra se movimentar em torno do Sol, que faz o Sol brilhar, que faz a Galáxia girar, que cria os mundos e que dilui os mundos. Não existe força superior à do Cristo. Portanto, nós podemos despertar em nós. E, depois, poderemos até chegar ao nível de Jesus, de sermos até confundido com o Cristo, Jesus Cristo, Jesus, aquele que assimilou em si o Cristo.

E, aí, amadurecer ao nível búdico, que é onde o amor já amadureceu totalmente e vai buscar um contato mais profundo com a essência através da compreensão da vida. Depois da compreensão, vem a execução da vida. Aí, se precisa do nível da justiça. E, nessa execução, também se precisará do nível do poder.
O amor começa aqui, na Terra também. Aqui, na Terra, quando você começa a ter um amigo, você deseja que ele esteja sempre bem. Mas, aí, você começa a atritar com ele por causa dos seus pontos de vista, a dizer "Ah, é muito meu querido, mas isso aqui eu não gosto, tem esse defeito" e atrita. Depois, você vai ser mãe ou vai ser pai ou vai ser filho ou vai ser irmão e, aí, vai começando a desenvolver o amor. Inicialmente, o amor não vem com o Cristo. Mas você precisa do elemento amor. Então, você ama, mas ainda sofre.

Desenvolver o Cristo não é fácil. É algo que leva a algumas desistências. Mas estamos tendo a última oportunidade, antes da transição planetária. Então, não podemos perdê-la. Qual é a oportunidade? A oportunidade é a de se levantar e escolher entre o que você quer. Você quer viver sendo sempre dominado pela ilusão, pelo egoísmo, de pensar só em você, só no seu corpo, só na suas tentações prazerosas? Ou você quer viver com padrões, onde busque aquilo que não tem como lhe ser tirado?

Jesus veio trazer aqui para a Terra a mostra do que é o Cristo. Antes dele, já estavam escritas coisas sobre o Cristo. Já tinha o Bhagavad-Gita, por exemplo. Já tinha o evangelho de Buda. Já tinha diversas coisas que poderiam conduzir a humanidade rumo ao Cristo. Mas coisas escritas, papel, letras, nada de exemplo, teoria. A humanidade precisava de prática, alguém que mostrasse: "Olhem, é assim que se faz".

Uma teoria, quando uma pessoa isenta de Cristo pega, faz a teoria se enquadrar dentro das suas conveniências. Quer dizer; "Não. O amor é assim, porque assim é bom para o meu ego, é bom para o meu prazer. Simplesmente por isso é que o amor tem que ser dessa forma. O Cristo..." Cristo, nada. Aquilo ali é o ego da pessoa querendo que o poder dela aumente. É o que as diversas religiões fizeram no passado e que, hoje, não aprenderam a lição, mesmo Jesus vindo e mostrando: "Olha, gente, essa coisa de ficar lutando por poder, não.

Vamos nos amar. Vamos dar o exemplo. Vamos procurar compreender as leis e vivê-las. As leis de amor, as leis de justiça, as leis de sabedoria. Usar o poder com esses três elementos." Então, quer desenvolver, despertar o seu Cristo interno? A primeira coisa: não pense só em você. Se pensar só em você, nada de Cristo. Depois: por que estamos aqui? Busque perguntas, que não são tão superficiais: o que vou comer amanhã? Onde vou morar amanhã? Apenas. E o meu salário? Como é esse plano econômico, essa bolsa, a estabilidade econômica? Será que vou ter o mesmo nível de vida daqui a um mês, com o feijão dobrando o preço? Ficar só pensando nessas coisas não se desenvolve o Cristo.

Jesus teve que vir e nascer com um corpo semelhante ao nosso para provar que, mesmo tendo que comer, tendo que trabalhar, tendo que fazer tudo que o corpo exige que façamos, é possível desenvolver a força crística em nós. Uma pessoa que tem em si manifestada a força crística é estável. Não existe essa coisa de preocupações exageradas. Não existem perturbações, ansiedades, sofrimentos, dificuldades intransponíveis. Não existe isso. Materialmente, a gente está vivendo uma fase extremamente instável.

As expectativas de vida estão diminuindo demais. As pessoas não têm aspirações, porque a aspiração é só coisa material e o lado material está em declínio. Então, precisamos almejar algo mais amplo. E esse algo mais amplo é auto-realização.

Você já se perguntou: Deus de fato existe? Eu, quando era criança, sabia que Deus existia, mas não acreditava que era aquela pessoa que a religião predominante dizia que era e que ele só está dentro de um templo, que ele não estava em todos os lugares. Muitas vezes, eu até, quando ia fazer uma "arte", pensava: "ih, Deus está vendo. Mesmo eu estando aqui, encoberto, sei que Deus está vendo." Até que, depois de algum tempo, falei: "Gente, se Deus existe, onde ele está?" E sai numa busca determinada para achar Deus. Falei: "Onde ele estiver eu acho. Se ele está na morte, quando morrer, vou descobrir onde ele está. Eu vou achar e vou falar com ele." Porque eu não queria viver sozinho.

Você pode estar junto com a pessoa que você ama, com o seu pai, com a sua mãe, com o seu marido, com a sua esposa, com seus irmãos, mas tem determinadas coisas que eles não têm como compartilhar com você. São coisas tão íntimas que não têm como ser transmitidas ou recebidas por alguém. E essas coisas eu queria transmitir para alguém e queria receber de alguém. Sabia que esse único ser era Deus.

E eu vivia perguntando: "Deus, por que eu existo? Quando eu surgi? Quando você surgiu? Se você me criou, quem criou você? E quem criou quem te criou?" Isso, quando eu era criança. Meus pais, coitadinhos, sofriam, porque: "Quem criou Deus? Por que alguém criou Deus? Por que ele nos criou?" Então, ficava a maior coisa. Até que tive um contato com Deus, um contato pessoal.

Eu, que nunca ia à igreja, não gostava daquele "senta, levanta", apesar de não ter nada contra a religião. Mas, quando a gente é criança, a gente também não gosta de ficar sentando e levantado toda hora e abraçando gente que a gente nunca viu - não é? -, abraçando uma pessoa que pode te assaltar no final da missa. Então, achava aquilo muito estranho. Mas fugia. Nos domingos, arrumava sempre alguma coisa para não ter que encarar.
Era chamado de ateu - eu me considerava "à toa", não ateu - porque não queria saber de nada. Mas eu queria saber de Deus, mas ninguém tinha como me apresentar a ele. Chegava no padre: "Me apresenta Deus." "Ah, Deus está ali..." Era coisa muito intelectual e eu não gostava. Chegava num espírita: "Onde está Deus?" "Deus é amor". "Sim, mas eu não amo ainda." Chegava num budista: "Ah, Deus, você vai compreender quando alcançar o Nirvana e estiver num estado de perfeição e de equilíbrio." Mas e a motivação para alcançar o estado? Aí é que está. Eles falavam assim: "Olhe, respeita as leis, desenvolve o eu superior."

Mas e a motivação? Aqui, na vida, querendo ou não, a gente só funciona com motivação. Se você não tem algo que tenha interesse em ir adiante, você não vai adiante. Fica empacado ali, igual a uma mula. Só naquilo que está mais conveniente. E, aí, felizmente, ao invés de eu conseguir ir até Deus, ele veio até mim. E, numa voz sem som, pela primeira vez ele falou comigo: "Eu sempre estive com você, falando com você, transmitindo a vida para você. Mas você nunca me ouvia. Agora que você me ouve e me atende, vou guiar seus passos, até que, um dia, sejamos um." Eu estou sonhando com esse dia em que sejamos um. Por enquanto, eu só fico ouvindo.

A menor parte, eu cumpro.  A maior, ainda não consigo, porque é coisa demais. Deus, a essência do eu superior - aqui, o Sol, que representa acima de nós, mas também pode ficar em nós - tem, não diria uma rigidez, mas ele cumpre as leis absolutamente e fica irradiando a consciência das leis da vida para nós. A partir desse contato, eu ia trabalhar.

No trabalho, eu prestava serviços. A pessoa que me contratava para um serviço eu observava: "Ah, eu posso cobrar tanto, porque a pessoa parece que pode pagar. Então, vou cobrar mais." Aí, o eu superior dizia: "Não está sendo justo com a pessoa. Você tem que cobrar só aquilo que é justo." "Ah, não. Mas olha, ele parece que pode pagar..." "Não. A questão não é se ela pode pagar ou não. A questão é que o justo não é flexível.

Então, seja justo." "Ah, não. Eu vou perder ou sou justo?" Isso, quem já estava falando era a justiça, acompanhada do amor. Aí, eu: "Ah, então, está bom. Então, vou ser justo." De início, assim, meio... Mas, depois, eu me sentia bem com aquilo. E, quando não era justo, eu me sentia mal com aquilo, porque eu sabia que quanto mais justo eu procurava ser nas minhas ações, mais eu estava de acordo com aquilo que a essência me falava, a essência amorosa. Depois, quando eu ia me relacionar afetivamente.

Para quem mesmo já é adulto ou adolescente, que está iniciando o lado afetivo, uma coisa: uma pessoa se aproxima, gostando de você ou te amando, apaixonada, e você não sente muita coisa pela pessoa. Mas você está sozinho, não tem nada melhor para fazer. Aí, você deixa a coisa acontecer. Só que você está brincando com o sentimento daquela pessoa. Nem sempre você está deixando bem claro para ela o seu sentimento ou aquilo que você não sente. Outras vezes, você deixa, mas a pessoa "não, tudo bem", aceita. Mas você vai fazer sofrer com isso. Você pode não sofrer, mas ela vai. E não tem amor nisso.

Amor justo, não tem. E, aí: "Poxa, e agora? Nem namorar eu posso mais?" Eu fiquei, digamos, meio contrariado com o meu Cristo interno, quando ele começou a desabrochar em mim. "Poxa, agora, pronto. O que vou fazer?" Aí, ele foi me educando, me educando em diversas coisas. E eu falei com ele: "Poxa, agora, não tenho mais nada para fazer. Se eu for assistir televisão, você diz que esse programa não é bom para mim, porque só está incentivando o lado inferior, o lado de desrespeito às leis da vida, a violência, a agressividade, tudo que é ruim. Então, a que vou assistir, não tem nada de bom na TV?

Então, não é fácil você desenvolver o Cristo interno, despertá-lo em você, porque quer dizer o seguinte: você vai ter que abrir mão de coisas. Mas eu só consegui fazer isso também quando comecei a perguntar por outras coisas. Começou a me mostrar coisas maravilhosas. Mostrar as sensações de existir com maior plenitude, de viver com maior plenitude. Outra coisa: um belo dia, eu acordei, depois de ter feito vários meses de trabalho, muito disciplinado, 24 horas por dia, cada minuto de auto-vigilância e auto-educação, numa bela manhã, quando acordei, que tentei abrir os olhos: um clarão.

Um clarão, assim, que falei: "Mas, gente, o que está acontecendo?" Aquele clarão. Quando eu percebi, meu Cristo interno incorporou em mim. E quando ele incorporou em mim, tive um contato com uma essência. Maravilhoso! Eu me senti um com Deus, um com a essência. Não sei quanto tempo, exatamente, durou isso. Entrei num êxtase. Quando sai do êxtase, parecia que eu estava dopado. Então, estava assim... Eu estava aqui, mas não estava aqui. E numa paz. Eu não via as pessoas simplesmente como pessoas.

Eu as via como pedaços de mim, como extensões de mim. Eu falei: "Gente, mas aquela pessoa sou eu. Eu sou aquela pessoa." Eu nunca sonhei que isso era possível. Não pode eu ser vocês e vocês serem eu. Isso é inconcebível para nós. Mas, quando você sente o seu Cristo interno, em determinados momentos, você não consegue ver ninguém como sendo alguém estranho, como sendo o outro, a outra pessoa.

Você vê como sendo você. Aí, nossa, não precisa nem falar que não tinha ninguém que me tirasse do sério. Um dia, um marginal foi me assaltar. Eu fique, assim, tão... que ele ficou até pensando: "Mas esse sujeito está é bêbado, só pode." Eu morava num lugar muito hostil. E, aí, ele veio, mas perdeu a motivação e foi embora. Mas ele podia me assaltar, que eu não estava nem aí, ficava peladão na rua, sem nenhum problema. Por quê isso? Porque a gente fica... Naturalmente, não estou mais nesse estado. Esse estado é um estado transcendental que não consegui sustentar por muito tempo. Olha, haja disciplina. Eu ainda não tenho esse grau de disciplina.
Mas eu já pude experimentar essa substância que é o Cristo. E digo uma coisa: é maravilhoso. Maravilhoso sentirmos a vida fluindo através de cada poro de nosso corpo e entrando em nós pelo ar, pela luz, pela irradiação. Gente, eu falei: "Meu Deus, eu sempre me senti sozinho. Não consigo mais viver sem você." Isso, eu conversando com Deus. "Não.

Não se afaste de mim, não. Senão, não dou conta." Porque em todos os momentos tristes ele era quem me alegrava. Em todos os momentos em que parecia que não tinha saída, ele era quem me fazia renascer das cinzas.

Não pensem que a vida de alguém aqui, na Terra, é fácil, porque não é. Desde a criança até o idoso, a vida de todo mundo aqui tem dificuldades, tem obstáculos que, muitas vezes, parece que não conseguimos transpor. E o Cristo é a força que nós faz vencer qualquer coisa. Você pode ser humilhado, você pode ser traído, você pode ser desrespeitado, agredido, violado, mas o Cristo te dará um amor que você não verá, em nada, ódio. Você verá mas não sentirá. Aí é que está a grande questão. Uma pessoa pode te agredir. Se você estiver com Cristo, você não vai sentir a agressão dela. É como se você não visse a raiva que ela está sentindo, o ódio que ela está sentindo. Você não sente aquilo. Aquilo não consegue te alcançar. A sua vibração é outra.

Mas isso começa nas pequenas coisas. Seja tolerante, seja compreensivo, seja paciente. Busque a essência da vida dentro dos corpos transitórios. Seja imparcial sempre, não tome partido, seja justo, deseje o bem de todo mundo. O erro é um erro, seja para o seu filho, para a sua mãe, continua sendo um erro. A injustiça, mesmo que seja seu ente mais querido, continua sendo injustiça, não passa a ser certo. Assuma isso como uma atitude de vida e o Cristo se desenvolverá em você. Você sentirá um amor de tamanha força fluindo de dentro de você que não terá a nenhuma força capaz de te derrubar, a não ser a falta de Cristo. Cristo é humildade. Toda vez que uma pessoa se sente mais do que outra, ela se afasta da percepção do amor e da justiça.

Não se sinta mais do que ninguém e não se ponha em situação acima de qualquer pessoa. Mesmo que você comece a desenvolver a sua pequena fagulha crística, não se sinta mais privilegiada da vida do que aquele que nem uma fagulha tenha e nem se sinta inferior àquele que já é um sol crístico. Todos nós temos nosso Cristo adormecido. Ele não é algo que você vai criar. É algo que você vai despertar. Você não vai fazer ele existir. Ele já existe. Você é que não o aceitou. Precisa aceitá-lo. A partir do momento em que você começa a ouvi-lo e a atendê-lo. Quando a gente agride alguma lei da vida, muitas vezes tem uma pequena voz, quando a pessoa já não amarrou a boca de Cristo e ele não fala mais. Mas enquanto a boca ainda tem como falar, mesmo apertada, por uma beirada, assim: "Olha, isso aí está errado, viu?"

Aí, a gente: "Cala a boca, cala a boca." "Não, mas está errado." "Cala a boca." É. Aí, a gente manda calar a boca e ele vai calando e chega a um ponto em que ele não fala mais. E a gente só escuta: "Não está certo." Mesmo estando errado, pensa que está certo. Não tem mais a chamada consciência. Consciência crística. Portanto, seja imparcial, procurar não se colocar acima de ninguém, absolutamente. Não apontar os defeitos de ninguém, não depreciar ninguém, não satirizar ninguém, não ironizar ninguém. Procurar ajudar na evolução da vida. Procurar compreender o seu papel diante da vida. Não o seu papel transitório apenas, mas o seu papel imortal. E mãos à obra. Procurar viver fazendo o bem. É um profissional? Trabalhe com justiça.

Não fique lá enrolando o tempo, para ganhar um salário no final do mês sem ter feito aquilo a que se propôs, a que se comprometeu a fazer. Se é um empresário, não veja os seus funcionários como meros seres que estão ali para te servir e que você vai extrair o máximo deles, sendo injusto. Não. Seja justo com eles. No entanto, justo não no sentido de ser mole, de deixar eles serem injustos com você, mas ser justo ao ponto de não explorá-los e não deixar ser explorado por eles.

Familiarmente. Trate com decência, com respeito todos os seres da sua família, porque o familiar é aquele que está sempre com você. Ele conhece seus defeitos e você conhece os dele. Qualquer coisinha, aquele olhar agressivo. Então, evitar essa gana, essa agonia de não aceitar.

Vamos, agora, fazer uma rápida meditação, antes das perguntas, para estimularmos o nosso chakra cardíaco. Quem não quiser fazer, não precisa, mas quem quiser, pode fazer. Vou pedir para fazermos três mantras Om, para melhorarmos a nossa vibração. Depois, vamos fazer uma visualização. Para quem nunca fez um Om, vou fazer rapidamente. Não vá fazer como em outras vezes, em três etapas. Faça naturalmente, sem visualizar três etapas, mas com uma mão sobre o coração, para você sentir o seu coração batendo e a sua respiração, enquanto você faz. Vou fazer um e, depois, faremos três, juntos.


* * * * * * *

Agora, visualizemos que entre os nossos braços forma-se uma rosa, como se uma grande rosa fosse abraçada por nós, uma rosa orvalhada, cor de rosa, com seu aroma agradável. Nós abraçamos. Agora, visualize que essa rosa cresce e que nós ficamos sentados em uma de suas pétalas. E, agora, imaginem uma pessoa que você ama muito, alguém que você ama muito, sentado ao seu lado, seja um filho, uma mãe, um irmão, um pai, marido, esposa, amigo, amiga.

Visualize alguém que você ama muito, sentado ao seu lado, na próxima pétala. E você abraça essa pessoa com carinho, com ternura, evitando qualquer sentimento sensual, buscando um sentimento fraterno, o amor fraterno que há em relação a essa pessoa. Agora, visualizem mais alguém, uma outra pessoa que você ama muito, do seu outro lado. E você estende um braço também para essa pessoa e abraça as duas pessoas ternamente, com carinho, com amor. Sinta o seu coração pulsando, o ar entrando em seus pulmões e respire o sentimento de amor que há entre você e as pessoas queridas, a ternura, o bem-estar.

Agora, imagine que em cada pétala dessa rosa vai surgir um ente querido seu. Lembre-se das pessoas que você ama. Agora, sinta e pense nessas pessoas e sinta o amor que você tem por elas. Todos os seus amigos, amigas, todos os entes queridos, familiares. Agora, imagine que essa rosa vai ficando pequena e vai ficando cada vez menor, na altura do seu coração, como se ela brotasse do seu coração. No entanto, como se ela fosse, agora, de luz. Luz que irradia para fora do seu corpo.

Agora, imagine que cada ser humano é aquela pessoa que você ama, é a junção do amor de todos os entes que você quer bem. Imagine que qualquer pessoa que você veja, que você tenha contato é aquela pessoa que você tanto ama. No entanto, imagine também que você será justa com essa pessoa, que ela nunca estará acima das leis da vida, mesmo você a amando muito e que ninguém está acima das leis da vida, da justiça, mesmo você amando tanto.

Procure compreender, ouvindo a voz sem som que fala em sua consciência, a voz que o convida a se auto-aprimorar. Procure perdoar a todos aqueles que te ofenderam, que te magoaram, que te fizeram sofrer. Não queira educá-los através de fazê-los sofrer também. Entregue para a vida a educação deles e deseje que a felicidade logo venha em suas vidas. Perdoe. Não se sinta superior a ninguém. Busque aquela sensação onde veja todo mundo com igualdade, não importa o grau de conhecimento, de inteligência, de bens materiais, de evolução espiritual. Peça à sua essência que lhe dê mais uma oportunidade de ouvi-la, de segui-la, de senti-la.

E, agora, sinta como se a vida lhe abraçasse, suavemente, como uma brisa refrescante e leve, como se o próprio Deus, a própria essência absoluta envolvesse todo o seu ser, não apenas o corpo mas também a alma, o espírito e lhe desse a segurança de saber que você é amado. E a prova desse amor é você sempre existir. Você foi criança e existia. É adulto e existe. É ou será idoso e continuará existindo. Perderá essa roupa de carne e continuará existindo. Os milênios se colocarão à sua frente e atrás de você como se você continuará existindo. Essa é a força do amor da essência por você, de uma dádiva perpétua, vida em plena intensidade.

Procure agradecer à sua própria essência a oportunidade de buscar um contato mais profundo com ela. Suavemente, vá entregando a sua vida à essência. Vamos, agora, suavemente, cessando a nossa meditação, visualizando e agradecendo a Deus essa oportunidade de estarmos aqui, juntos, buscando sentir o que tem de melhor em nós e o que tem de melhor na vida, de mais sublime, de mais puro, de mais sutil. Para finalizar, gostaria de falar que o tema da próxima palestra é "As Leis de Ação e Reação da Justiça Suprema". Quem não pegou o volante, pode apanhar na saída.

Tem também, nesse próximo final de semana, um curso falando sobre os três níveis da sexualidade. Esse curso é interessante, no sentido de que a pessoa vai compreender um pouco mais como se processa a evolução sexual, para que ela busque os pontos de equilíbrio e de harmonia e compreenda a si mesma nessa força tão forte, poderosa que guia as nossas vidas e saber um pouco mais como lidar com ela. O curso é no sábado e no domingo, pela manhã e à tarde.

E também teremos 10 minutinhos para perguntas por escrito. É só levantar a mão ou o braço que será entregue papel para ser feita a anotação da pergunta. Quem quiser já ir, pode, se sentir livre para ir embora, já desejando uma boa noite.

PERGUNTAS & RESPOSTAS


Uma pessoa está falando que, durante a meditação, foi tomada por lágrimas. Por que isso? Nós choramos, geralmente, por dois motivos: de tristeza ou de alegria, de algo que nos contraria ou de algo que muito nos agrada. O chorar de sentimento está associado ao fato de que a pessoa não influencia um sentimento de amor na intensidade do que está acontecendo naquele momento.

Quando uma pessoa se acostuma muito a amar, cada vez mais a sentir Cristo se manifestando no coração dela isso vai afastando as lágrimas. O início, a pessoa chora. Depois, vai se acostumando. Quando tem contato é porque a pessoa teve contato com o sentimento de amor dela. Foi isso que a fez chorar ou lágrimas - quando falo chorar é lágrimas. Sobrecarrega o chakra cardíaco, que repercute no chakra laríngico, dando uma pequena sobrecarga vibratória, energética no laríngico e, aí, produz-se o choro.

Essa sobrecarga pode ser gerada por pressão energética tanto de energia positiva como de energia negativa. Quando a pessoa está com uma energia negativa muito grande pressionando o peito dela, repercute no laríngico e ela chora. Mas, aí, é chorar de dor, de sofrimento. Quando a pessoa sente um amor muito grande no cardíaco dela, pode chorar porque a sobrecarga do laríngico veio em função do seu sentimento.

O ideal é não haver sobrecarga. Mas, no caso do amor, só não haverá depois que a pessoa já tiver chorado bastante e amado bastante. Aí, o coração se acostumará e o laríngico se acostumará. Atingir o Cristo na plenitude, para Jesus, foi possível, naquela encarnação como Jesus. No entanto, ele não tinha começado tal trabalho naquela encarnação e, sim, em dezenas, centenas de encarnações anteriores. E o nosso caso não é diferente. Se alguém, nesta encarnação, já está desfechando o trabalho de incorporar o Cristo em si mesmo, aí, poderá.

Agora, se não estiver, ela não vivenciará ainda nesta existência em sua plenitude, apenas em estágios iniciais. Portanto, depende muito de quanto tempo ou quantas encarnações a pessoa já vem trabalhando o Cristo interno.

Com a transição planetária tão próxima, há tempo suficiente para se acordar o Cristo interno?

Aqueles que, antes de encarnar, já vinham fazendo um trabalho nesse sentido terão a oportunidade. Agora, aqueles que, já há bastante tempo, desde outras encarnações tem dito não, não, não, mesmo assim, se nesta começar a despertar, já é uma grande vitória. No entanto, há um problema: se em outras não teve oportunidade, agora, que as forças anticrísticas estão extremamente declaradas, a dificuldade agora será maior do que no passado, porque as forças que calam o Cristo, atualmente, são bem mais manifestantes - não digo poderosas, mas digo manifestantes.

Ter o Cristo interno é fundamental para permanecer na Terra?

Pelo menos uma fagulhazinha é necessária. Não existe meio termo. Isso precisa ficar claro. Aquele que não despertar em sim nem que seja uma fagulha crística é porque está contra o Cristo. É exatamente aquela separação que foi profetizada no final dos tempos, de que seria separado o joio do trigo - aqueles estão à direita do Cristo e à esquerda do Cristo. Quer dizer, não é quem está sentado do lado esquerdo de Jesus ou do lado direito de Jesus. É quem está a favor, através de vivenciar pelo menos o início do Cristo e aquele que não vivencia nada. Essa é a questão.

Sabendo que nos resta muito pouco tempo, como alcançar o nível crístico em meio a tantas atribulações?

Essas atribulações são matérias-primas para despertarmos o Cristo. Se todo mundo lhe agrada, como você vai precisar perdoar ou tolerar alguém? Se todo mundo faz aquilo que você quer, você não vai precisar se esforçar para tolerar, perdoar, não ser conivente com erros, nem atacar o erro de quem seja maledicente?

Portanto, é dentro das atribulações que aprendemos a perdoar, a amar. É matéria-prima. Não veja como um obstáculo. "Ah, mas na televisão é violência, é traição, é promiscuidades diversas. Na rua, a mesma coisa. A escola incentiva a gente para isso. A sociedade incentiva." Sim, mas você quer servir a quem? A essa sociedade que está agonizando, moribunda, perto da auto-destruição?

Ou você quer servir àquele que sempre existiu e sempre existirá? É preciso escolher de que lado você está. Não há meio termo.

Encerramos desejando uma boa noite a todos. E até a próxima palestra.

Aldomon Ferreira



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