A LEI DO DESAPEGO - TRIGUEIRINHO






A lei do desapego

A lei do desapego traz maleabilidade à vida formal e aumenta sua receptividade à energia anímica. Por meio de sucessivos desligamentos do que já foi alcançado, os seres conseguem exprimir a realidade que lhes corresponde. É uma das leis da ascese, pois, para avançar nessa senda, o homem nada deve levar consigo. Entretanto, poucos podem viver livres e desapegados. A maioria teme a isenção das cadeias materiais às quais se acostumou. O novo assusta-a, e por isso ela o afasta, ainda que esteja próximo e ao alcance de todos.

À medida que se caminha na trilha espiritual, o trabalho do desapego toma conotações mais profundas e faz-se necessário para dissolver os vínculos humanos do caminhante. A renúncia é própria das pessoas boas e altruístas, mas o desapego é atitude mais profunda. Quem renuncia continua envolvido com o objeto da renúncia, enquanto o que se desapega faz como os apóstolos de Jesus, que, ao serem chamados, deixaram os barcos para trás. Como disse um grande santo do passado, “cortaram o laço que os prendia ao barco e não se distraíram tentando desatá-lo”. Portanto, a lei do desapego evita retrocessos na evolução de um ser.

Extraído do livro “A trajetória do fogo” - Trigueirinho
Editora Pensamento
Pág. 135

Esvazia-te

O indivíduo não pode receber dádivas dos céus enquanto suas mãos estiverem ocupadas em reter coisas materiais.

Esvazia-te, esvazia-te para que encontres as verdadeiras riquezas. A eternidade é conhecida por aquele que não planeja, não alimenta recordações nem se preocupa com o amanhã.

Para muitos é difícil reconhecer a necessidade de desligar-se de laços, de afetos e das coisas que os enlevam. Porém, como pode o Ilimitado ser contido num ser que não se entrega ao infinito?
A energia cósmica é a energia pura, renovadora, origem das emanações que vitalizam a Criação. O seu fluxo através de um ser depende de quanto ele poderá deixar que essa energia o permeie sem desviá-la segundo as próprias tendências. Mesmo que se aspire a não interferir nesse fluxo, é inevitável fazê-lo quando existem vínculos em níveis humanos. Por isso, a potência energética acessível a um homem comum, atado à matéria, é consideravelmente menor do que a disponível a um ser desapegado, evoluído espiritualmente.

O contato com a energia divina não pode ser transmitido e tampouco ensinado. Cada contato é único, pois a perfeição jamais se repete. Pode-se falar a respeito dessa energia, pode-se lançar luz no caminho para alcançá-la, mas cada indivíduo tem de percorrer por si mesmo suas trilhas, aprender a não se impressionar com as pedras pontiagudas espalhadas por elas e a comungar da inefável beleza de suas alamedas.

Extraído do livro “O Visitante (O caminho para Anu Tea)” - Trigueirinho

Editora Pensamento
Págs. 67 a 68
Extraído do boletim Sinais de Figueira, de Trigueirinho
Irdin Editora

Saber ser livre

A cura da humanidade é também a transformação da maneira de cada indivíduo perceber o universo e se relacionar com ele. É um processo que exige energia, e que se torna crítico quando o homem se apega ao que foi ou quando tem planos sobre o que deverá ser. Mas, por outro lado, a cura segue o caminho da evolução e para que possa realizar-se é preciso tão-somente a abertura do ser, já que toda a vida recebe potentes impulsos em direção à meta evolutiva.

Quando o ser inicia essa jornada, normalmente lhe são entregues tarefas externas que constituem importantes oportunidades. Entre outras coisas, servem para que ele aprenda a não fazer do serviço um meio de auto-satisfação, e para isso levam-no a passar por muitas provas, até atingir um estado em que se faz necessário mudar a polarização de sua consciência. Chegado esse momento, não mais lhe é possível permanecer relacionando-se com o mundo externo a partir de projeções baseadas no que ele vinha acumulando desde que ingressou na matéria, na grande carga pessoal e hereditária que se formou através dos tempos. Nesse momento, pode ocorrer um renascimento oculto.

Para que isso se possa dar, a energia tenta desfazer no indivíduo os laços que ele mantém com o passado e com o que ele foi até então. Tenta liberá-lo tanto quanto lhe seja possível suportar o vazio, que, na verdade, é o berço da sua nova consciência.
Mas o homem não sabe ser livre. É mais difícil colocá-lo em liberdade do que mantê-lo encarcerado na prisão de seus próprios conceitos. Essa realidade obtusa é a que ainda persiste no mundo atual, porém a Graça já iniciou sua obra, e as mudanças que promove não deixarão que tal situação se prolongue.

Extraído do livro “A Cura da Humanidade” - Trigueirinho
Editora Pensamento
Págs. 116 a 117

Impassibilidade

À medida que o contato com a própria Mônada e com as Hierarquias vai se aprofundando e se tornando mais consciente, faz-se premente a necessidade de o indivíduo ultrapassar certos limites - impostos pelo ritmo normal de funcionamento dos corpos terrestres - e de finalmente viver no mundo tridimensional como um Filho do Cosmos, portador da Chama e da Luz das estrelas.

A capacidade de se estar completamente impassível diante do que quer que seja é, nessa fase, não só algo desejável, mas um requisito. Sem a qualidade da impassibilidade incorporada e vivida nas provações do mundo material, o ser não pode transpor o limiar da consciência humana e ingressar de maneira definitiva nos sublimes portais do Conhecimento Cósmico.

Somente quando as energias dos nossos corpos estiverem totalmente elevadas, sublimadas e liberadas é que poderemos chegar a esse estado, no qual nada nos pode abalar. Mas o processo que nos leva a atingi-lo deve ser espontâneo, impensado e conduzido internamente pelas Hierarquias encarregadas de colaborar com nossa Mônada, seja na criação da nova civilização, seja transmigrando-a para outros pontos e planos do Cosmos.

Extraído do livro “Mirna Jad” - Trigueirinho
Editora Pensamento
Pág. 139

Compreendendo o uso correto do dinheiro

Para compreendermos melhor o uso correto do dinheiro, tomemos o exemplo simbólico do sangue humano. O sangue flui por todas as partes do corpo, sem exceção. Ele desce, é usado pelo metabolismo, sobe ao cérebro, depois volta ao coração; circula em ritmo adequado, mais ou menos acelerado, conforme o caso; dá, assim, vida às células de todas as regiões do corpo. Enquanto perfaz o circuito, renova-se; à medida que caminha, não é mais o mesmo: transforma-se continuamente. O processo de circulação da energia monetária na sociedade pode ser comparado ao sangue humano. Se o sangue se estancasse em um local, se não atingisse as células, o que sucederia? Assim como nenhum ponto do corpo pode viver sem ele, nenhum indivíduo, na superfície do planeta, deveria ficar sem a energia material de que necessita.

Quando a energia monetária não flui corretamente é como se todo o sangue do planeta ficasse envenenado. Uma inteligência maior prepara-se para retirá-lo. Desde que o dinheiro foi criado pelo homem, congestionou-se em certos pontos do planeta; reteve-se nas mãos de alguns indivíduos que não permitem sua circulação, a não ser sob certas condições, deixando, assim, gangrenar o resto. Nesta civilização caduca e decadente, trabalha-se e pensa-se em função do que é indicado numa cédula, cheque, letra de câmbio ou papel semelhante, esquecendo-se de que essa indicação é dada pelo próprio homem e não supre nenhuma necessidade real que ele possa ter. Pode o dinheiro comprar a paz? Pode comprar a saúde? Pode comprar o desenvolvimento da consciência? Pode comprar a alegria verdadeira, que vai além do sorriso externo?

Extraído do livro “O Novo Começo do Mundo” - Trigueirinho
Editora Pensamento
Págs. 35 a 36
Extraído do boletim Sinais de Figueira, de Trigueirinho - Irdin Editora

Misericórdia

Uma energia divina, que podemos chamar de misericórdia, eleva o ser humano a níveis que são inacessíveis nos processos normais da lei do carma. Essa poderosa e sábia energia flui na oração desinteressada e propicia cura, harmonia e libertação.

Apesar de no decorrer dos tempos forte carga emotiva ter sido acrescentada ao termo misericórdia, quando ele é aplicado em sua acepção mais pura designa a energia que cura e transforma os níveis materiais, humanos e psicológicos. Pela misericórdia divina, saldos cármicos positivos que permaneciam “em arquivo” podem modificar situações e proporcionar conjunturas mais favoráveis ao desenvolvimento da consciência.

Essa misericórdia é a resposta do mundo interior a uma necessidade do homem, da humanidade ou do planeta. Quando uma pessoa, por exemplo, fez tudo o que estava a seu alcance para avançar no caminho da libertação, mas a limitação dos seus corpos materiais lhe é intransponível, a misericórdia divina lhe é revelada. É uma energia que provém de níveis espirituais e constitui a base do perdão. Qualifica o contínuo auxílio que as Hierarquias* oferecem aos homens, a despeito de eles pouco responderem a seus estímulos ao progresso.

O maior engano de quem se afasta da Lei é julgar seu erro maior que a misericórdia divina, e, assim, deixar de dispor-se a recebê-la.

*Hierarquias: Consciências que transcenderam as leis materiais e galgaram os sublimes degraus da existência espiritual. Como um corpo unificado e coeso, transmitem aos habitantes do universo em que elas atuam as diretrizes para o cumprimento do propósito evolutivo.

Extraído do livro “Além do Carma” - Trigueirinho
Editora Pensamento
Págs. 62 e 63

Deixar-se conduzir pela sabedoria

Um estudante teve um sonho que lhe transmitiu uma impressão de extrema penúria; refletia momentos críticos que aguardam esta humanidade, e que em parte já estão sucedendo. Nesse sonho, ele entrava num hospital e permanecia atento ao que ali se passava. Constatava que não havia mais lugar para receber doentes, tantos eram. Grande número de indivíduos debilitados afluía ao local, mas na entrada era-lhes dito que não havia mais vagas, que várias pessoas encarregadas do atendimento estavam ausentes. Os dois consultórios médicos estavam sem os respectivos responsáveis, e a carência era tanta que nesses mesmos consultórios eram alojados enfermos que não cabiam mais nas outras partes do hospital.

Ao despertar, o estudante perguntou-se: “Que fazer nessa situação?” A seguinte resposta foi-lhe transmitida interiormente, trazendo-lhe impulsos importantes para a sintonia com a realidade:
Abre-te à Sabedoria e deixa-te por ela conduzir. O verdadeiro conhecimento te será dado à cabeceira do paciente, ao assumires tua tarefa - e não por meio de teorias ou sistemas já estabelecidos. Aquilo de que necessitares te será transmitido. Teu instrutor será a própria tarefa; teus instrumentos, a abertura e a entrega ao serviço.

Não se devem alimentar preocupações acerca das consequências materiais desta transição planetária, nem focalizar a atenção nas doenças ou depauperação dos corpos, mesmo diante de uma premente necessidade. A maioria dos homens encontra-se em estado de precário equilíbrio e precisa, neste período de crise crescente, de uma ajuda proveniente dos níveis suprafísicos.
É quando o indivíduo se entrega sem restrições à realização de sua verdadeira tarefa que tudo se encaminha conforme uma ordem precisa e sábia, embora, na maioria dos casos, oculta.

Extraído do livro “Niskalkat (A base etérica na Ásia)” - Trigueirinho
Editora Pensamento
Págs. 35 a 36
Extraído do boletim Sinais de Figueira, de Trigueirinho -Irdin Editora

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©2015 Solange Christtine Ventura
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