Desenvolvido por Ricardo Ventura
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O EQUÍVOCO DA ‘CURA’
O sortilégio da Cura, a magia que o termo concentra, sempre despertou o imaginário da Humanidade, atravessando diagonalmente a sua história.

Com enfoque no ‘Xamã’ - fosse ele designado (mesmo por) xamã, feiticeiro, druida, bruxo, sacerdote, ou mesmo médico -, desde sempre os diversos grupos sociais lhe reconheceram um dos papéis sociais mais relevantes no seu seio, papel este que existiu inclusive quando aqueles eram vítimas de perseguição por parte dos poderes instituídos e, por falar nestes, quando os xamãs não eram deles vítimas, conseguiram um reconhecido - e muitas vezes assumido - ascendente que se traduziu em Poder, acabando por ser, por isso, veículos de manipulação de massas.

Com a elevação do sistema energético Terra/Humanidade, decorrente da Convergência Harmónica - onde a Humanidade decidiu realizar a Ascensão de uma forma nunca experimentada neste Universo -, tem o Homem tido acesso a patamares energéticos de há muito ‘bloqueados’ a esta realidade tridimensional, o que tem permitido um aumento da capacidade individual de conexão com o ‘outro lado do véu’ e, paralelamente, um aumento das pessoas de tal capazes.

Paralelamente, no passado recente das civilizações e culturas atuais, subsistem práticas arreigadas à (até agora, quase) única forma de contato multidimensional “possível”: o acesso a alguns dos diversos níveis do chamado “Astral”, em muitos casos constituídos por seres tão prisioneiros quanto nós no atual sistema energético Terra/Humanidade - e digo prisioneiros, porque este foi até agora um sistema energético bloqueado, hermético, que denominou “Barreira de Frequência”, barreira energética que nos tem confinado e que impedia a nossa ligação à verdadeira Luz da Fonte, havendo muitos casos em que falsos ‘seres de luz’ ludibriaram e ludibriam pessoas, na sua ânsia de descoberta e contato com o ‘outro lado do véu’. A esmagadora maioria destes contatos consistiram em rituais - sim, a Velha Energia -, transações mercantilistas de trocas de favores pessoais com o fito do que se chama atualmente “sucesso pessoal” nesta dimensão, onde tudo, mesmo TUDO, incluindo a aniquilação do Inimigo/Adversário/Estorvo é “aceitável”, conquanto o remova do caminho do queixoso (este, claro, um cliente assíduo da vitimização); alguns dos rituais eram mesmo celebrados com seres que nem existiram - ou já não existem - neste campo vibracional, fruto de muitos equívocos, não passando esses seres de hologramas criados pelo inconsciente coletivo, o que não lhes retira o Poder, a energia, cedida por quem os fez…

Há muito, ou melhor, há muitos que nesta ‘Nova Era’ estabeleceram como objetivo [que, embora dito espiritual, é todavia ‘traído’ pela “génese” da palavra: ‘objetivo’ ou, seja objeto, s.m., que significa (i) Tudo o que é exterior ao espírito, (ii) Coisa, (iii) Assunto, matéria, causa, motivo (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa,
http://www.priberam.pt/ )] passar a ser quase “vital” conseguir uma ‘progressão espiritual’ - o que quer que isto queira dizer - alicerçada na obtenção de reconhecimento (de outrem) de conseguir curar. Ou seja, qualquer coisa do género “Eu curo, portanto, eu sou mais espiritual do que tu”. Ou seja, TER PODER de cura, o que nos reporta à antítese do que é a verdadeira Espiritualidade - o ‘Ter’ em vez do ‘Ser’, o ‘Poder’ em vez da ‘Humildade’ -, mas que é explorado até à exaustão por muitos “gurus de pacotilha”, nomeadamente na vertente financeira…

Mas tenhamos presente que várias entidades “acima de qualquer suspeita” avisam que NINGUÉM CURA NINGUÉM. Sucede, sim, que quem ajuda (normalmente no “corpo” do terapeuta) é um veículo das energias do Universo no sentido do equilíbrio energético do paciente.

Por mero exemplo, atente-se a uma frase de Osho: “Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego. E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela.”

Os desequilíbrios energéticos, ocasionados pela nossa não-aceitação de nos confrontarmos com as lições a que nos propusemos passar nesta vida - que têm como propósito ensinar-nos o que ‘não queremos aprender’ e que são expressas geralmente nas fobias e medos que nos acompanham, nas formas de raiva, vergonha, culpa, etc. -, vão-se acumulando, ao longo da vida, nos nossos copos subtis, acabando por “descarregarem” no corpo físico. A doença é, na grande maioria das vezes, fruto desses desequilíbrios e pode vir o ‘mais pintado’, proclamando a autoria das maiores curas, que estas só serão efetivas e duradouras com a determinação do “paciente” em querer mudar. Só que a prática diz-nos que as verdadeiras mudanças, difíceis, são adiadas por nós, reforçado pelo nosso estado de negação, o que leva o Universo a trazer-nos a Perda, como tratamento choque para nos tornar receptivos à mudança.


NINGUÉM SE ENCONTRA POR ACASO
Há muita informação associada difícil de ”comprimir”, mas tal exige uma ‘abertura da mente’, ou seja, estar receptivo a muitas verdades - ou pelo menos não as refutar liminarmente, porque não nos foram “ensinadas” - sobre a ‘Espiritualidade’ (a nossa conexão com o Divino, que não é uma ligação exterior a nós, mas interior), as quais têm sido sonegadas - ao longo de milhares de anos - pelas elites do Poder, quer material quer espiritual, já que as religiões foram desde sempre (mais) um instrumento de manipulação das massas.

Como, há muito, as tradições orientais constataram, o Ser Humano é (a parte de) um Espírito que vem encarnar para evoluir e regressar à Luz. Esse regresso, dentro do contexto do nosso mundo de Dualidade (onde "encaixam" o Yin/Yang, Bom/Mau, ativo/passivo, certo/errado, frio/quente, forte/fraco, bonito/feio, etc.), exige nesta realidade, (muito) dissociada da Fonte, sucessivas reencarnações para que esse ser aprenda a transcender a matéria, e para que integre na sua Consciência que tudo (o bom e o mau) é fruto da mesma Fonte.

Humanamente, estamos condicionados a buscar sempre o que nos agrada, o que achamos que é bom para nós, recusando tudo o que achamos que o não é - mas, ao prestarmos atenção à "parte boa" da questão (ou seja, ao investirmos nisso a nossa Energia, porque tudo é Energia, tudo é Vibração), estamos na mesma medida a prestar atenção à "parte má", já que ambas as vertentes (o bom e o mau) são indissociáveis. Essa recusa leva a que criemos sucessivos (e mais fortes) do que achamos ser ‘mecanismos de defesa’; e esses levam-nos aos medos e fobias que acabam - na idade adulta, geralmente - por controlar as nossas vidas. Esses medos são gerados pelas mais diversas situações, sendo os mais recorrentes na nossa sociedade atual enquadrados em alguns padrões arquetípicos (a que alguns também chamam ‘Traumas’, como são conhecidos no Ocidente; ou ‘Carmas’, como são chamados no Oriente - salientando-se os de Rejeição, Abandono, Maus-tratos e Traição. Quem não aceitou noutras vidas ter sido abandonado, maltratado, traído e/ou rejeitado, vai ter, nesta, muito provavelmente que se confrontar com situações com eles relacionados para daí retirar lições - de que Tudo provém da Fonte.

Aqui entram esses fantásticos atores que são os familiares mais próximos e aqueles com quem nos vamos cruzando (e ligando) durante a nossa vida. Antes de encarnarmos, todos escolhemos (através da nossa alma) quais as lições, associadas a cada um desses padrões/carmas, ainda não aprendidas/assimiladas/interiorizadas com que nos vamos ter que defrontar ao longo da próxima vida, contando com a ajuda de outros seres nas mesmas circunstâncias e com quem, geralmente, já “contracenámos” em vidas passadas, quer nos papeis ativos, quer nos papeis passivos, ou seja, de “castigadores” ou de “sofredores”. Daí o “Ninguém se encontra por acaso”…


AS PEDRAS  RREMESSADAS
Imagina-te a dialogar com uma pessoa e que ela por qualquer razão, que não vem ao caso, te está a agredir verbalmente - fiquemos pelo verbal, para não tornar as coisas mais complicadas...
Imagina agora que consegues dividir a tua consciência em duas partes, sendo que uma permanece em frente da outra pessoa e a outra parte - a que agora lê este texto - se afasta, assistindo ao diálogo dos dois como se estivesse presenciando uma peça de teatro.

Do lugar em que estás, assistindo à “peça” que se desenrola, tens acesso a dois botões/interruptores; um, a que poderemos chamar “layer Energia”, que permite que consigas visualizar, sobre as imagens das duas pessoas, uma figura gráfica que transmite o grau energético de cada uma, e outro botão, a que poderemos chamar “desmaterializador”, que permite que a imagem de uma pessoa se desvaneça, concentrando a atenção na outra.

Quando pressionas o "desmaterializador", a imagem de ti naquele quadro quase que desaparece; e quando pressionas o "layer Energia" consegues ver que, cada vez que o outro usa um pensamento (sim, basta a energia da forma-pensamento, como já sentiste muitas vezes) ou uma expressão que visa agredir-te, surge, a partir dele, uma pedra na tua direção.

“Muito interessante”, dirás, acrescentando “e no que é que isso contribui para a minha felicidade, uma vez que eu estou a ser agredido?” Mas se olhares com mais atenção, verificarás que cada pedra que o outro joga na tua direção está de facto presa a um muito permissivo - porque parece não oferecer nenhuma resistência - mas realmente muito resistente elástico, porque, constatas, por mais força aplicada ao calhau, o elástico não quebra.

Quando voltas a concentrar-te em toda a cena percebes que tu já lá não estás, que esse ser ficou só, e eventualmente poderás vê-lo a interagir com outrem, muito provavelmente noutro qualquer ponto da linha espaço-tempo em que vocês se cruzaram. Mas percebes então que AS PEDRAS QUE ELE ARREMESSOU ESTÃO AGORA DE VOLTA e que ALGUMAS - não sabes como mas parece que consegues individualizar cada uma - ESTÃO MAIORES.

O que se passou, de facto, foi a consubstanciação de uma das Leis Universais mais presentes, a Lei da Causa e Efeito; não é em vão que o povo diz “Cá se fazem, cá se pagam” e que “Quem semeia ventos, colhe tempestades”...

O teu ego, a tua parte de ti que ficou na cena, acha que tu foste o agredido, a vítima - e não esqueças que NÃO HÁ CULPA, HÁ SIM RESPONSABILIDADE, sendo que cada um é responsável pelos seus atos, ao co-criar o seu ‘Amanhã’ como fruto daquilo que acredita ser a sua verdade ‘Hoje’, sendo isto uma definição esquemática do que é chamado de Lei da Atração; ou tu achas que esta Lei só se aplica ao ‘Segredo’ e por isso, só para as coisas boas da vida, o que quer que aches que isso seja...

Sim, o que a Lei da Causa e Efeito diz é que da próxima vez que aches que te estão a agredir - e digo ‘aches’, porque muitas vezes o que o outro diz não é o que nós ouvimos -, lembra-te de que o outro, de facto, ESTÁ A ATIRAR PEDRAS A SI PRÓPRIO, embora o teu ego queira que entres no jogo; assim, podes virar as costas em paz contigo mesmo e dizer “ISTO NÃO ME DIZ RESPEITO, NÃO É A MINHA GUERRA, pois essa terei que disputar dentro de mim; e não me vou responsabilizar, e muito menos culpar, pelas pedras que arremessaste contra mim”.

Mas tenta não esquecer, (i) que só poderás dizer isto se não entrares no jogo e (ii) que - vá, sê consciente - também tu (como todos nós) terás que perceber que as pedras que arremessas irão um dia voltar a ti, algumas com um tamanho assustador e causando efeitos assustadores na tua vida.

Estes princípios, estas Leis, regem o Universo e estão presentes desde sempre em todas as culturas do Homem. Elas SÃO (uma parte fundamental d)A ESPIRITUALIDADE, embora na nossa cultura tenham sido varridas para baixo do tapete - muitas vezes, associadas aos “coitadinhos dos atrasadinhos” dos antigos -, ou usadas para conseguir o sucesso material, ou seja, valorizando o TER, quando elas se reportam ao SER, já que a Espiritualidade tem a ver com o desenvolvimento do ‘Ser’ e não com o ‘Ter’.

Office Masaru Emoto:
http://masaru-emoto.net/portuguese/portindex.html

Solange Christtine Ventura
http://www.curaeascensao.com.br